
Governo quer mais Ginga. Foto: reprodução.
O Governo Federal abriu na última sexta-feira, 03, um processo de seleção pública para definir dez emissoras que receberão laboratórios de testes de conteúdos e aplicações empregando o Ginga, middleware brasileiro de TV interativa para a tecnologia digital.
O aviso, que foi publicado no Diário Oficial da União, tem o objetivo de fomentar o trabalho do programa Ginga Brasil, capacitando mão de obra especializada através dos Ginga Br.Labs.
Além da implantação dos laboratórios, o programa capacitará 40 técnicos - produtores ou diretores - de cada emissora selecionada no uso e desenvolvimento de aplicações e conteúdos interativos baseados no middleware Ginga.
Segundo reporta do Convergência Digital, a seleção está aberta para a participação de entidades de direito público ou privado vinculadas às administrações públicas em âmbito municipal ou estadual.
Instituições públicas de ensino superior, que prestem serviços de radiodifusão ou tenham outorga para tal na modalidade educativa também podem participar.
As entidades também devem ter protocolado no Ministério das Comunicações o pedido de consignação para a prestação do serviço de radiodifusão de sons e imagens digital.
O limite para o recebimento das propostas - contendo dados do projeto e equipe técnica envolvida - é 17 de junho e, segundo informa o Minicom, a seleção deverá ser concluída em até 30 dias depois desta data.
O edital pode ser consultado neste link.
PROJETOS
No final de 2012, o assessor do Minicom James Görgen destacou que o programa Ginga Brasil poderá chegar a R$ 50 milhões em investimentos, se baseando na portaria que impõe que 75% dos televisores produzidos no país precisam incorporar o middleware de interatividade do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD).
Uma aliança com a Rede Nacional de Pesquisa prevê ainda a construção de uma rede de distribuição de conteúdo (CDN), com o plano de contar com uma infraestrutura que permita a troca de conteúdos.
O plano do governo é contar com cerca de 54 milhões de TVs com Ginga até 2016, o que representaria um crescimento da base similar ao previsto para os smartphones.