SOFTWARE

Harness: sacudida no Brasil

Capitalizada, startup de DevSecOps faz contratações no país.

13 de abril de 2023 - 14:56
Magro está de volta. Foto: Divulgação.

Magro está de volta. Foto: Divulgação.

Thiago Magro, ex-diretor regional da Zscaler, acaba de assumir o cargo de vice-presidente de vendas no Brasil da Harness, uma multinacional americana dona de uma solução de gerenciamento de desenvolvimento de software.

Magro está voltando. Ele já foi responsável por abrir o escritório da Harness no Brasil, ainda em 2019, e liderou a empresa no país até 2021. 

Antes de assumir a Harness pela primeira vez, Magro havia passado por cargos na área de vendas na AppDynamics e Ullink.

Pelo visto, a Harness resolveu que era hora de dar mais visibilidade para os seus negócios no país.

Nesta semana, a empresa divulgou o “lançamento da operação no Brasil”, o que não chega a ser lá muito exato em termos factuais, mas mostra o desejo da companhia de aparecer no mercado local.

Além da volta de Magro, a Harness também contratou Ana Sitta, ex-gerente de marketing digital e cloud da Huawei. 

A trinca no comando da operação brasileira é completada pelo head de engenharia, Luis Redda, que já está na Harness desde 2020, quando veio contratado da Splunk.

Fundada em 2017 em São Francisco, a Harness é dona de uma solução que apoia o desenvolvimento de software dentro do modelo DevSecOps.

DevSecOps no caso é u m um novo termo da moda que designa uma abordagem de desenvolvimento contínuo (o bom e velho DevOps) com um foco especial em segurança (o Sec da chavão novo).

“Nosso produto chega a entregar uma eficiência de até 65% maior para times de DevSecOps, por isso sempre reforçamos que nossa missão é devolver os finais de semana e madrugadas para os times de engenharia e desenvolvimento”, afirma Redda.

O approach parece ser especialmente atrativo para organizações do setor financeiro. A lista dos clientes no Brasil inclui nomes como C6, PicPay, Banco Original.

A Harness deve ser boa nisso, porque já levantou US$ 425 milhões em investimentos, de uma turma de porte, incluindo o Google Ventures,  e também bancos como o J.P. Morgan e o fundo do Citi. 

A última rodada foi de US$175 milhões, em abril de 2022, e de repente explique o foco renovado na América Latina.

“A Harness já é dominante em mercados de relevância mundial como EUA e Europa e a expansão para mercados emergentes, como Brasil, México e Colômbia é um dos planos de crescimento da companhia no momento”, explica Magro.

A empresa tem cinco escritórios nos EUA e bases globais na Sérvia, Índia, Irlanda do Norte e Inglaterra, contando com 900 funcionários em todo o mundo, dos quais 16 estão no Brasil.