VAGAS

Home office bateu no teto?

Número de vagas para trabalhar em casa no Reino Unido está em queda.

03 de novembro de 2022 - 13:30
Graff diz que a taxa de contratação no LinkedIn caiu 10% na nação em setembro. Foto: Pexels

Graff diz que a taxa de contratação no LinkedIn caiu 10% na nação em setembro. Foto: Pexels

O home office parece ter batido no teto, pelo menos no Reino Unido.

Segundo dados divulgados pelo Linkedin, a porcentagem de vagas para trabalhar em casa divulgadas na rede social caiu de 16% para 12%, só entre setembro e outubro.

Segundo Josh Graff, diretor administrativo do LinkedIn para Europa, Oriente Médio, África e América Latina, o número vem em queda pois empregadores “paranóicos” se preocupam com a produtividade de trabalhar em casa.

O site também apontou que três em cada quatro chefes no Reino Unido estão preocupados que a desaceleração econômica signifique que eles terão que voltar ao escritório ou tenham menos dias em casa.

No Reino Unido, a taxa de desemprego é de 3,5%, a mais baixa desde 1974, de acordo com o Office for National Statistics. 

Porém, Graff diz que a taxa de contratação no LinkedIn caiu 10% na nação em setembro em relação ao ano anterior.

"O poder está voltando para os empregadores à medida que as contratações diminuem. Certamente é um mercado de trabalho apertado, mas está começando a afrouxar e a incerteza econômica está começando a ameaçar o progresso da pandemia que vimos nos últimos dois anos", disse Graff à Bloomberg Radio.

De acordo com o site Fortune, apesar da queda de anúncios de trabalhos remotos e híbridos, as vagas obtiveram 20% de todas as inscrições, o que Graff descreve como uma “crescente desconexão entre o que os profissionais querem e o que os empregadores estão oferecendo”.

Uma das empresas que estão reduzindo este modelo de trabalho é o Bank of America Corp, que libera seus funcionários para trabalhar em casa somente dois dias por mês.

Outra pesquisa, desta vez da Microsoft, aponta que 80% dos gerentes achavam que suas equipes eram menos produtivas quando não estavam no escritório. 

“Embora decisões difíceis, sem dúvida, tenham que ser tomadas, é importante lembrar que seus funcionários são o bem mais precioso de sua empresa. Eles têm experiência com seus sistemas, seus processos. Eles estão alinhados com sua cultura e valores e, mais importante, são os que mantêm relacionamentos profundos com os clientes também", conclui Graff.