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A companhia é líder mundial na produção de rodas automotivas. Foto: divulgação.
A Iochpe-Maxion, empresa paulistana líder mundial na produção de rodas automotivas, comunicou ter sofrido um ataque cibernético que causou “indisponibilidade de parte de seus sistemas e operações em algumas unidades no Brasil e no exterior”.
Sem dar mais detalhes sobre a natureza ou extensão do ataque, a multinacional disse que o incidente foi detectado na última segunda-feira, 5, quando alguns sistemas foram preventivamente isolados.
“A companhia, junto com seus assessores especializados, está atuando de forma diligente e empregando todos os seus esforços para identificar as causas do incidente, apurar a sua extensão e mitigar os seus efeitos”, declarou a Iochpe-Maxion em nota.
Segundo o site CISO Advisor, esta é a segunda vez que um ataque prejudica as operações da empresa e nenhum grupo de cibercrime assumiu a autoria até o momento.
De acordo com o site Security Report, a prática de resgate envolvendo ransomware é bastante explorada no segmento industrial.
A pesquisa “The State of Ransomware in Manufacturing and Production“ constatou que o setor de manufatura e produção teve a maior média de pagamento de resgate em ataques ransomware entre todos os segmentos, com um valor médio de US$ 2 milhões.
O estudo aponta também que 66% das organizações deste segmento relataram um aumento na complexidade dos ataques cibernéticos e 61% reportaram crescimento no volume desses incidentes em comparação a dados do ano anterior.
Em 2021, o Colonial Pipeline, maior sistema de oleoduto para produtos petrolíferos refinados dos Estados Unidos, pagou quase US$ 5 milhões para descriptografar sistemas bloqueados em um ataque de ransomware.
Já a JBS, brasileira que é uma das maiores indústrias de alimentos do mundo, pagou US$ 11 milhões em bitcoins para os hackers que paralisaram as operações da companhia na América do Norte e na Austrália.
Fundada em 1918, a Iochpe-Maxion conta com 32 unidades fabris localizadas em 14 países e cerca de 17 mil funcionários. Em 2021, a multinacional listada na B3 faturou R$ 13,68 bilhões, alta de 56,2%.
O principal negócio é operado por meio de duas divisões: a Maxion Wheels, focada em rodas de aço para veículos leves, comerciais e máquinas agrícolas e rodas de alumínio para veículos leves; e a Maxion Structural Components, de componentes como longarinas, travessas e chassis montados.
Adicionalmente, por meio da AmstedMaxion, a companhia produz rodas e fundidos ferroviários, fundidos industriais e vagões de carga.