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A Itália anunciou que flexibilizará o visto de trabalho para descendentes italianos de sete países: Uruguai, Venezuela, Argentina, Estados Unidos, Canadá, Austrália e Brasil.
A medida segue restrições recentes na concessão de cidadania italiana para descendentes.
Oficializada em 24 de novembro, a regra contempla esses países por possuírem acima de 100 mil cidadãos registrados no cadastro oficial de italianos no exterior (AIRE).
Fora da cota e sem limites de vagas, os brasileiros precisarão seguir os ritos de comprovação a partir de documentos que comprovem a linhagem familiar, como certidões de nascimento, casamento e óbito, e apresentar uma proposta de emprego de uma empresa italiana.
O brasileiro que conseguir trabalho na Itália também poderá unir as contribuições previdenciárias para fins de aposentadoria, já que os dois países possuem um acordo previdenciário.
A Itália vinha endurecendo as regras para a solicitação de acesso à cidadania no país, sendo reconhecidas cidadanias de filhos ou netos de cidadãos nascidos na Itália.
A regra permanece, mas a facilitação de vistos de trabalho, neste caso aplicada à geração de bisnetos de descendentes, é um passo importante para a naturalização, já que com dois anos de residência legal com este visto será possível solicitar a cidadania italiana.
Embora não haja dados oficiais precisos sobre o número de brasileiros que já obtiveram a cidadania italiana por descendência, estima-se que cerca de 30 milhões tenham ascendência italiana, representando aproximadamente 15% da população do país.
Em 2023, o Consulado Italiano em São Paulo aprovou 7.844 pedidos de cidadania, um aumento de 16% em relação a 2022. Além disso, há cerca de 110 mil pessoas aguardando o reconhecimento da cidadania italiana em todo o Brasil.
