O governador eleito Tarso Genro está com dificuldades de encontrar um titular para a pasta de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul.
No início da semana, Jorge Guimarães, presidente da Capes anunciado para a pasta em 24 de novembro, desistiu de fazer parte do primeiro escalão do executivo gaúcho e manteve-se em Brasília.
Agora, conforme a colunista de Zero Hora Rosane de Oliveira, foi a vez de Ronaldo Motta, secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, do MCT, declinar o convite.
“Vou ter que encontrar uma solução caseira”, declarou Tarso à colunista.
À lista de negativas somam-se Odilon Marcuzzo, ex-reitor da Federal de Santa Maria, e Cleber Prodanov, pró-reitor de Pesquisa e Inovação da Feevale.
Segundo Zero Hora, nenhum dos costados quis trocar o salário em suas posições atuais pelo ordenado de secretário – de R$ 11,5 mil.
Além do contracheque, o orçamento da SCT também pesa. Tarso prometeu ampliar os investimentos na pasta, mas admitiu que considera “impossível” dotar a secretaria do 1,5% da receita líquida do Rio Grande do Sul previsto pela constituição.
Enquanto isso, na Capes, por exemplo, o orçamento deve superar R$ 3 bilhões em 2011.
Tarso não é o primeiro governador a ter dificuldades em ocupar a pasta com alguém oriundo do meio acadêmico.
Jorge Audy, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da PUC-RS, declinou um convite para assumir a SCT no começo do governo Yeda.