SEGURANÇA

Nubank limita transações fora de casa

Nova funcionalidade permite estabelecer rede de Wi-Fi segura para Pix, TED e pagamento de boletos.

14 de outubro de 2022 - 12:14
Segundo a fintech, o objetivo é conferir maior segurança em casos de roubo de celulares. Foto: Divulgação/Nubank

Segundo a fintech, o objetivo é conferir maior segurança em casos de roubo de celulares. Foto: Divulgação/Nubank

O Nubank lançou, em fase de testes, o “Modo Rua”, nova funcionalidade que permite limitar o valor de transações via Pix, TED e boleto realizadas fora de casa.

Segundo a fintech, o objetivo é conferir maior segurança aos correntistas em casos de roubo de celulares. 

Os testes começam com alguns usuários nos próximos dias e, para configurar o recurso, eles devem acessar a área de segurança do aplicativo, clicar em “Modo Rua” e seguir as instruções para definir os limites e apenas uma rede Wi-Fi segura.

Assim, a nova funcionalidade é automaticamente ativada quando o cliente se desconecta da rede escolhida, e, do mesmo modo, desativada quando volta ao endereço seguro.

Caso alguma transação fora de casa ultrapasse o valor estabelecido, é necessário autenticar as compras através de reconhecimento facial.

Por enquanto, a configuração da rede só pode ser realizada uma vez, sem possibilidade de edição. Os limites, por outro lado, podem ser modificados retornando à configuração inicial, refazendo o procedimento de reconhecimento facial.

"Diante das questões de segurança pública atuais, é mais importante do que nunca a prevenção. O Modo Rua é um recurso inovador, intuitivo e simples, mais uma camada de proteção no sistema muito robusto que já temos", explica Cristina Junqueira, cofundadora e CEO do Nubank no Brasil.

Futuramente, o banco pretende permitir o uso da função por um público mais amplo e para empréstimos e transações via cartão.

O lançamento vem após uma onda de casos de roubo de celulares em São Paulo. O objetivo dos criminosos, nesses casos, é pegar os aparelhos no momento de uso, para que eles estejam desbloqueados e seja possível acessar os dados das vítimas, principalmente contatos e aplicativos bancários.

Em maio deste ano, o próprio Nubank foi condenado pelo judiciário de São Paulo a indenizar um cliente que teve um saque de R$ 5,1 mil na conta após o roubo do aparelho.

Outro caso que bombou no Twitter em abril foi o do agente de talentos Bruno de Paula, que teve seu celular roubado dentro de um táxi. Na ocasião, os criminosos realizaram operações bancárias que chegaram a R$ 160 mil em diferentes instituições financeiras, incluindo o Nubank.

Fundada em 2013, a fintech soma mais de 12 milhões de correntistas e já levantou cerca de US$ 820 milhões em investimentos de fundos como TCV, Sequoia Capital, Redpoint Ventures e Thrive Capital.