Dinossauro: "Sai dessa cadeira e vai trabalhar!". Foto: Divulgação/Google.
O Google quer aumentar a produtividade da empresa em 20%, com uma série de medidas destinadas a simplificar processos internos e cortar custos.
No palco durante a Code Conference em Los Angeles, Sundar Pichai, CEO do Google, disse que “quanto mais tentamos entender a situação macroeconômica, maior é a incerteza”.
“Nossa produtividade não é a que deveria ser”, admitiu Pichai, que citou algumas medidas genéricas para atacar o problema, como alocar melhor o tempo dos funcionários e reduzir o número de decisores nos processos.
Fora do palco, Pichai entra em detalhes. Segundo informações do Business Insider, o CEO determinou uma redução de um terço na lista dos objetivos e resultados chave (os famosos OKRs, na sigla em inglês) para 2023.
Já o site The Information revela que a empresa já disse aos seus gerentes sênior para limitar as viagens de trabalho a atividades de "missão crítica”, excluindo eventos sociais, atividades de integração de equipes e qualquer evento presencial com uma alternativa virtual.
Alguns indicadores abertos também mostram um nível de cautela maior no Google, como por exemplo o número de contratações.
A empresa tinha 118 mil funcionários em 2019, um número que saltou para 156 mil em 2021, uma alta de 32%. De lá para cá, a alta foi de 11%, para 174 mil, e já surgiram notícias sobre medidas de “congelamento” de novas contratações.
No terceiro trimestre, o Google faturou US$ 69.69 bilhões, uma alta de 13%. Apesar de ser um sonho para a quinta série, o resultado ficou abaixo das estimativas dos analistas e representa uma retração frente ao histórico da empresa.
As medidas poderiam ser consideradas normais numa empresa mais tradicional, mas são chamativas no Google, que se tornou conhecido pela sede de contratações, e medidas de RH como dar tempo livre para funcionários para projetos próprios (o que será que foi disso?).
Maurício Renner
Editor at Baguete Diário