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Orçamentos de TI somem

Em 2014, os pesquisados esperavam 14% de aumento no orçamento. Em 2015, o número já havia caído para 5%.

07 de agosto de 2017 - 11:40
Orçamentos de TI estão cada vez menores. Foto: Pixabay.

Orçamentos de TI estão cada vez menores. Foto: Pixabay.

Os orçamentos de tecnologia das grandes empresas do país devem crescer apenas 3% neste ano e a maioria dos CIOs acredita que os valores para 2018 devem ficar na mesma, ou até diminuírem.

É o quadro desenhado pela quarta edição do Brazil IT Snapshot, pesquisa anual sobre tendências de TI da Logicalis, que ouviu 205 profissionais, 40% deles atuando em empresas com faturamento superior a R$ 1,5 bilhão anual.

As expectativas vem caindo ano a ano. Em 2014, os pesquisados esperavam 14%  de aumento no orçamento para o ano seguinte. Em 2015, o número já havia caído para 5%.

Ao mesmo tempo, a participação dos que acreditam em um aumento de orçamento dentro do grupo total também cai: este ano, 40% previram orçamentos maiores, pela primeira vez, menos do que a soma dos que preveem orçamentos iguais (33%) ou menores (27%).

Em 2014, quase a metade (49%) ainda previa orçamentos menores, e só 21% indicava menores.

Os orçamentos menores estão se refletindo em menos inovação.

De acordo com o estudo, em 2016, a maior parte do gasto de TIC foi destinado à manutenção das tecnologias existentes (71%), alguns pontos acima do registrado em 2013 (65%). 

Além disso, houve uma queda no volume de investimentos em novas tecnologias ao longo dos últimos quatro anos (62% em 2013 e 41% em 2016).

Outra forma de lidar com o enxugamento dos orçamentos é transferir os investimentos para uma rubrica de gastos operacionais (OPEX, no jargão) e não mais de capital (CAPEX).

Neste ano, os números apontam para 59% do dinheiro gasto com OPEX, contra 41% destinado a CAPEX.

Gastos em software (22%), prestação de serviços (19%) e data center (16%) lideram os gastos em OPEX.

Atualmente, 82% das empresas consultadas possuem algum tipo de aplicação em nuvem – o que representa um recorde no nível de adoção desde a primeira edição do Brazil IT Snapshot.

Hoje, 40% dos respondentes afirmam optar pelas nuvens híbridas, enquanto 35% preferem as clouds privadas e apenas 7% usam exclusivamente serviços de nuvens públicas.