
É preciso saber a hora de parar de mandar emails. Foto: Pexels.
Dos clientes que respondem uma abordagem comercial de uma empresa por e-mail, 93% o fazem até o quarto contato.
A informação é da Ramper, uma startup que tem soluções para gerenciar esse tipo de comunicação e analisou nada menos que 10 milhões de e-mails enviados pelos seus clientes para uma pesquisa.
A implicação do fato é que provavelmente não adiante seguir tentando depois que um cliente não responde ao email inicial ou a três seguintes sobre um mesmo tema, os famosos follow ups.
Outra revelação é que sequências de três e-mails (cadências, no jargão da área) ou mais apresentam uma taxa de retorno positiva 176% maior em relação àquelas com apenas um ou dois e-mails, o que mostra que insistir um pouco vale a pena.
“Esses números demonstraram a importância de realizar os follow-ups na prospecção, porque, muitas vezes, o primeiro e-mail não é respondido naquele momento por várias razões, e a segunda tentativa é levada em consideração, desde que haja uma mensagem personalizada e objetiva”, destaca Ricardo Corrêa, CEO da Ramper.
Como é de se esperar, Corrêa é um ardente defensor dos e-mails, que “não são invasivos” e podem ser abertos no tempo do cliente, o que é mais ou menos verdade.
“Há anos as pessoas falam sobre o ‘fim’ da força do canal de e-mail, mas os resultados mostram o contrário. O que vai acabar é a falta de personalização e qualificação das abordagens”, aponta o CEO da Ramper.
QUANDO
A análise da Ramper também indica que, considerando o contexto de prospecção B2B, segunda-feira é o dia com maior taxa de abertura de e-mails (25%), seguido por terça-feira (20%) e quarta-feira (19%). Os piores dias são sábado e domingo (1% para cada).
Outro dado que chama a atenção é sobre o melhor período do dia para obter respostas.
Segundo a pesquisa, 69% dos retornos acontecem no período da tarde. Já em relação a época do ano, o índice de respostas é quase 30% maior no 1º semestre.
O levantamento buscou analisar ainda os hábitos sobre a taxa de abertura. Constatou-se que 54% delas são realizadas no período vespertino e os meses de janeiro (26%), fevereiro (25%) e dezembro (26%) concentram os maiores índices do ano, enquanto os piores ficam com julho e novembro (23% cada), além de março (22%).