(1).jpg?w=730)
Fonte: Unsplash
Assim como a corrida espacial trouxe algumas tecnologias para empresas e até a vida doméstica e a Fórmula 1 até hoje é um grande teste para a indústria automotiva, o setor de games e os e-Sports podem ser um grande test drive para trazer inovações para pessoas e empresas no dia a dia.
Quem acha que os games são uma brincadeira não tem ciência das várias indústrias envolvidas e os valores enormes. Segundo dados do IDC, as receitas da indústria de gaming pularam para 180 bilhões em 2020, um ano desafiador para todos os setores. O aumento foi de 20%.
E não é apenas a receita de empresas de gaming, há todo um ecossistema por trás. Companhias de tecnologia vendem mais acessórios, a indústria de apostas dá muito espaço para as competições de e-sport - pegue o melhor código bônus bet365 aqui para dar seus palpites nos torneios de Counter Strike, DOTA 2 e muito mais – e o desenvolvimento de tecnologias como realidade virtual e inteligência artificial também é aplicada nos games e e-Sports. São nelas que podemos entender a viabilidade.
Pokemon Go e o metaverso
Há alguns anos o jogo Pokemon Go foi uma verdadeira febre no mundo todo, inclusive no Brasil. Usando o celular, as pessoas saíram pelas ruas caçando pokemons e isso gerou manchetes de todo o tipo, já que as grandes cidades se tornaram um cenário dessa realidade aumentada.
Tanto a realidade aumentada como a realidade virtual vão se tornar cada vez mais comuns e o Facebook, atento a esse desenvolvimento, já se colocou à frente na ideia do metaverso, integrando tecnologias e todo tipo de ideias em novos universos digitais. Até a venda de terrenos nesses ambientes está explodindo.
O uso de jogos para começar a vender essa ideia de realidades alternativas e mundos criados do zero é uma prática interessante, já que apela para o lúdico para explicar conceitos difíceis para a enorme maioria da população.
Mas também há exemplos mais práticos da indústria de jogos e e-Sports servindo como “zona de testes”. As cadeiras gamers, teclados e mouses especiais, computadores avançados com placas gráficas incríveis, monitores de alta definição e muitos outros acessórios são usados primeiro pelos grandes atletas de e-Sports antes de chegarem ao grande mercado e serem usados por pessoas ou profissionais dentro de empresas.
Twitch, streaming e transmissões
A possibilidade de fazer negócios no mundo dos jogos é uma realidade muito clara. A gigante Amazon, por exemplo, comprou a Twitch por quase um bilhão de dólares. A Twitch é uma plataforma que pessoas, gamers, equipes, empresas, torneios e muito mais usa para transmitir ao vivo com pequena estrutura (comparado com os canais de televisão) e poder não só estimular a participação de pessoas interessadas com um chat ao vivo, mas também monetizar os criadores de conteúdo.
O que começou como algo bastante de nicho para o público gamer mostrar como estava jogando naquele momento abriu um enorme leque para produtores de conteúdo explorar e invadir outros assuntos, como esportes tradicionais e cultura pop. O brasileiro Casimiro é um exemplo disso, com lives na Twitch quase todos os dias da semana onde ele joga videogame mas também vê os gols das partidas do futebol brasileiro e vídeos no YouTube sobre comida, viagens e mercado imobiliário.
O potencial é tamanho que alguns streamers (como são chamados esses produtores de conteúdo) já inclusive compram direitos de competições e transmitem em seus canais. O espanhol Ibai transmite para seus 8,5 milhões de seguidores os jogos do Campeonato Francês, que ganhou a adição de Messi na última temporada.
Conclusão
O potencial e as oportunidades apresentadas por startups, empresas de tecnologia e o mundo virtual não irá parar nos próximos anos e aos poucos todas as inovações vão chegando para as pessoas e até pequenas e médias empresas que estão abertas para uma transformação digital. Quem quiser ver o futuro pode observar o setor de games e e-Sports para ter um aperitivo.
Com esse poderio de streaming, outras empresas começaram a se mexer para também ter jogos de esporte em suas plataformas. A HBO Max transmite no Brasil os jogos da Champions League e a Disney + tem todo o catálogo da ESPN à sua disposição.