RECOMMERCE

Trocafone levanta mais R$ 20 milhões

Compra e venda de celulares usados é um campo promissor.

14 de abril de 2016 - 13:43
Escolha seu celular novo. Foto: Maxx-Studio /Shutterstock.

Escolha seu celular novo. Foto: Maxx-Studio /Shutterstock.

A Trocafone, startup brasileira de compra e venda de celulares e tablets seminovos, levantou R$ 20 milhões junto ao fundo de investimento suíço Sallfort por uma participação não revelada na companhia.

É a terceira rodada recebida pela empresa em menos de dois anos de operação

No ano passado, o fundo composto por Wayra, a aceleradora global de startups do Grupo Telefônica, 500 Startups, Lumia Capital e Quasar Ventures investiu R$ 12 milhões na empresa. 

O mesmo grupo, acrescido da NXTP, já havia feito um investimento inicial na companhia em 2014 de R$ 4 milhões. 

Criada por dois argentinos, que decidiram abrir o negócio primeiro no Brasil por conta do potencial do mercado local, a Trocafone faturou R$ 40 milhões em 2015 e vendeu 50 mil aparelhos.

A meta é sextuplicar o faturamento, para R$ 240 milhões e triplicar o número de aparelhos, para 150 mil.

No final do ano passado, a Trocafone abriu na Argentina e para o início de 2017 projeta estar na Colômbia, Peru e Chile, com um investimento de R$ 40 milhões.

Além da comercialização via website, a companhia também oferece o chamado trade-in, no qual clientes trocam seu celular velho por desconto em pontos de venda. 

Atualmente, a Trocafone já está presente em lojas que comercializam aparelhos das marcas Samsung, Motorola, Sony e LG.

A Trocafone surfa num cenário favorável para a sua proposta de negócio.  Com a crise econômica, os vendedores, pertencentes às classes A/B, passam a enxergar seus aparelhos velhos como um ativo, e os compradores, nas classes C/D podem ter um equipamento relativamente novo a um custo mais competitivo.

Após cinco anos de altas consecutivas, o mercado de smartphones encerou 2015 no Brasil com queda de 13,4% na comparação com 2014. Foram vendidos pouco mais de 47 milhões de celulares inteligentes no ano passado.

De acordo com o IDC, o usuário levava cerca de um ano e seis meses para adquirir um novo aparelho. Com as perspectivas econômicas atuais falando que o Brasil voltará a crescer somente no segundo semestre de 2017, a Trocafone pode ter aí uma base preciosa de novos clientes.