
Lisa Monaco.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu a demissão da presidente de Global Affairs da Microsoft, Lisa Monaco.
Como costuma acontecer, o pedido foi disparado pelo Truth Social, rede social de propriedade de Trump.
“Ela é uma ameaça para a segurança nacional dos Estados Unidos, principalmente tendo em conta os grandes contratos que a Microsoft tem com o governo”, disse Trump.
Segundo Trump, o governo dos EUA retirou todas as autorizações de segurança de Monaco e proibiu seu acesso a todos os prédios federais.
E quem é afinal Lisa Monaco? A executiva assumiu o cargo em julho. Na posição, ela é responsável por relações da Microsoft com governos mundo afora, fazendo lobby para os interesses da gigante de tecnologia.
A executiva provavelmente entrou na mira de Trump porque ela foi Deputy Attorney General durante o governo democrata liderado por Joe Biden.
O cargo é o número dois do Departamento de Justiça, que nos Estados Unidos agrega funções que no Brasil estão divididas entre Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Procuradoria-Geral da República.
Trump se considera injustamente perseguido pela Justiça durante o governo Biden. Dias atrás, o ex-diretor do FBI, James Comey, começou a ser processado pelo governo liderado por Trump.
Monaco também já tinha sido consultora do presidente Barack Obama para assuntos de segurança. É comum que profissionais que atuam na área de lobby transitem entre cargos no governo e na iniciativa privada.
A situação é complexa para a Microsoft, que, como Trump apontou no seu post, tem contratos bilionários com o governo americano.
Em paralelo, a Microsoft já tinha anunciado que deixaria de oferecer serviços de armazenagem na nuvem e inteligência artificial para uma unidade do exército de Israel, que estaria rastreando chamadas de palestinos.
Nesta segunda-feira, 29, Trump deve se encontrar com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, considerado um aliado.