
Hotéis da Hard Rock funcionam no conceito de multipropriedade. Foto: Pexels.
A VCI SA, grupo que está trazendo os hotéis da gigante americana Hard Rock para o Brasil, vai usar o software de gestão CMNET da Totvs para administrar os empreendimentos.
Duas unidades já estão em construção, em Fortaleza e na Ilha do Sol, no Paraná, com um investimento total de R$ 327 milhões.
Outras devem seguir em São Paulo, Campos do Jordão, Foz do Iguaçu, Natal, Recife e Jericoacoara.
O projeto exigiu algumas adaptações no ERP, porque os resorts são baseados no conceito de multipropriedade, pelo qual investidores tem direito ao uso, ou ao retorno por aluguel, de acordo com o tamanho do seu investimento no imóvel.
O conceito passou a ser explorado no Brasil em 2018, quando uma lei regulamentou o assunto, sendo relativamente novo.
A VCI já estava usando outro sistema para administrar o negócio, cujos dados foram migrados para o software da Totvs.
"A chegada do Hard Rock Hotels ao Brasil representa um ganho enorme para o turismo brasileiro. Ao aplicar o modelo da multipropriedade ao nicho premium internacional no Brasil, estamos inovando e profissionalizando este mercado", afirma Enio Miranda, VP de Relações Institucionais e Parcerias Estratégicas da VCI.
A marca Hard Rock é mais conhecida pelos seus restaurantes, dos quais os quarentões de hoje vão lembrar pelos cobiçados moletons, que eram febre nos anos 80.
Na época, os estabelecimentos ainda não estavam no Brasil, mas de uns anos para cá foram abertas unidades em Fortaleza, Curitiba e Gramado.
A empresa tinha em 2018 operações em 74 países, incluindo 185 cafés, 25 hotéis e 12 cassinos. Uma curiosidade é que a empresa pertence aos seminoles, uma tribo indígena americana cujas reservas ficam na Flórida.
O CMNet, que a Totvs hoje chama de Totvs Backoffice - Linha CMNET, é um sistema especializado para gestão de propriedades (PMS, na sigla em inglês) que Totvs adquiriu ao comprar a Bematech por R$ 550 milhões em 2015.
A solução veio mais ou menos por tabela, porque o forte da Bematech mesmo eram impressoras fiscais e outros hardwares. Em 2019, a Totvs passou a Bematech para a Elgin por R$ 25 milhões (isso mesmo), mas ficou com os softwares.