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A fita magnética está bem viva

Fabricantes apontam alta de 3,14% nas vendas de fitas em 2023.

31 de maio de 2024 - 08:39
Backup em fita hoje em dia. Foto: Depositphotos.

Backup em fita hoje em dia. Foto: Depositphotos.

As fitas magnéticas, uma tecnologia de armazenamento que está por aí desde os anos 50 e teve seu auge nas décadas de 70 e 80 não só segue existindo, como está em alta.

Segundo um relatório divulgado recentemente por HPE, IBM e Quantum, os três últimos players nesse mercado, foram vendidas no ano passado fitas suficientes para armazenar 152 Exabytes de dados, uma alta de 3,14% frente ao ano anterior.

As três fabricantes trabalham com o mesmo standard, o Linear Tape-Open (LTO). Vale lembrar que Cada Exabyte é equivalente a mil Petabytes, ou 1 milhão de Terabytes. 

Claro que o grande volume não significa necessariamente que a fita está dominando o mercado.

A título de comparação, a Seagate, uma das maiores fabricantes de discos de armazenamento, vendeu 99 Exabytes só no último trimestre. 

De qualquer forma, o estudo aponta que a fita parece ter encontrado nichos em mercados em alta, o que significa que ela deve seguir existindo por algumas décadas - o que já é por si só surpreendente, a essa altura do campeonato.

Segundo a análise dos fabricantes, o aumento na venda de fitas magnéticas tem que ver com o crescimento rápido na geração de dados nos grandes provedores de computação em nuvem, os chamados hyperscalers. 

A fita magnética inclusive consegue surfar na onda da Inteligência Artificial, com os fabricantes alegando que as aplicações de AI geram muitos dados não estruturados, para os quais a fita magnética seria um bom destino final.

O ponto forte das fitas é a grande capacidade de armazenamento e o fato de que é bem fácil deixá-las offline, sendo assim um bom meio para guardar dados que não são acessados com frequência, mas precisam estar protegidos.