Aeroportos ligados na web

Um calendário agitado de eventos, visitas e reuniões que exigem deslocamento físico não é novidade na rotina de qualquer empresário de médio/grande porte. No setor de TI, a proliferação de exposições, lançamentos, debates, conferências e encontros do gênero, bem como de apresentações e instalações de novas tecnologias, fazem dessa uma realidade ainda mais freqüente. Ou seja: executivos em viagem durante grande parte do tempo, sem, nem por isso, poderem se desconectar dos negócios.
27 de janeiro de 2006 - 15:35
Aeroportos ligados na web
Um calendário agitado de eventos, visitas e reuniões que exigem deslocamento físico não é novidade na rotina de qualquer empresário de médio/grande porte. No setor de TI, a proliferação de exposições, lançamentos, debates, conferências e encontros do gênero, bem como de apresentações e instalações de novas tecnologias, fazem dessa uma realidade ainda mais freqüente. Ou seja: executivos em viagem durante grande parte do tempo, sem, nem por isso, poderem se desconectar dos negócios. O Baguete avaliou, junto a representantes do segmento, como estão as condições de conexão com a Internet em alguns dos principais aeroportos brasileiros. O resultado você confere a seguir.

Porto Alegre, Florianópolis, São Paulo, Rio, Curitiba, Brasília, Belo Horizonte, Salvador. Em todos estes, que são destinos fundamentais na ativa do empresariado do país, as preces dos assoberbados negociantes em trânsito foram atendidas: os aeroportos de cada cidade contam com uma rede WiFi de conexão à web. Além disso, alguns – como o das capitais gaúcha, paulista, carioca e baiana – contam com lan houses, para o caso de o laptop não ter vindo na bagagem.

“Estou muito satisfeito com WiFi em todos os maiores aeroportos brasileiros. Em SP, BH, POA, Rio, me conecto bem, com velocidade surpreendentemente rápida”, afirma Jonatas Abbott, diretor estratégico de Negócios da Telium Networks e de Marketing da gaúcha Dinamize. Segundo o executivo, a única vez em que teve problemas foi em Joinville. “Em outubro passado não consegui conexão lá”, informa. De acordo com Vitor May, agente do Departamento Comercial do terminal joinvillense, todo o espaço conta com estrutura para acesso wireless. “Entretanto, já recebemos reclamações a respeito de lentidão na rede”, admite.

Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte são exemplos também para o diretor da catarinense Totall.Com, Edílson Paterno. “Sempre consegui boa conexão nesses lugares”, garante, afirmando que também o aeroporto paulista de Congonhas oferece estrutura adequada. Quanto à reclamação, ele se dirige ao Norte do país: “Florianópolis, Porto Alegre, Curitiba e as regiões Centro, Sudeste e Nordeste já têm estrutura. Contudo, os terminais de capitais como Macapá e Belém não dispõem disso”, atesta. Sem precisar ir tão longe, outro local desprovido desta tecnologia é Caxias do Sul, dificultando a vida dos executivos da Serra Gaúcha.

O elogio de Paterno para a rede de acesso do Aeroporto Hercílio Luz, de Florianópolis, contraria uma nota divulgada esta semana pelo jornal Zero Hora. Intitulado “Idade da Pedra”, o texto ressalta a impossibilidade de conexão com a Internet no local. Inverdade, segundo o superintendente Valdeci Arcanjo Novaes. “Possuímos cobertura WiFi e estamos promovendo uma remodelagem de nosso mix comercial, segundo a qual está prevista a implantação de uma lan house”, explica.

“Conexão, tem”, é o que conclui Mauro César Pereira, diretor executivo da Data Click Web Services, de Itajaí-SC. “Só que é preciso cuidado”, complementa. Para o empresário, a praticidade do acesso à web nos aeroportos é de fundamental relevância para o mundo dos negócios, mas é também um recurso a ser usado com cautela. “Costumava me conectar em todas as viagens, sempre com sucesso. Até que, em 2004, meu celular – GSM – foi clonado em Congonhas. Logo após, a polícia descobriu que o número tinha sido roubado por integrantes do tráfico, o que me gerou grande transtorno. Desde então, não abri mais o notebook em terminais aéreos, temendo ataques semelhantes”, conta.

Pereira faz uma ressalva do tipo gato escaldado: “Não desaconselho, acho o acesso em viagem super importante. Entretanto, é bom ser meio São Tomé e só utilizá-lo se houver a certeza de que a rede já foi testada e aprovada”, arremata.