Agenda 2020 quer Fundopem para TI

As primeiras sugestões para a regulamentação da Lei de Inovação e Tecnologia do Rio Grande do Sul, sancionada pela governadora Yeda Crusius em julho passado, foram debatidas nesta terça-feira, 15, no Tecnopuc, em reunião do Fórum Temático de Inovação e Tecnologia da Agenda 2020.
15 de setembro de 2009 - 16:16
As primeiras sugestões para a regulamentação da Lei de Inovação e Tecnologia do Rio Grande do Sul, sancionada pela governadora Yeda Crusius em julho passado, foram debatidas nesta terça-feira, 15, no Tecnopuc, em reunião do Fórum Temático de Inovação e Tecnologia da Agenda 2020.

As sugestões do fórum, que reúne representantes de entidades, parques e pólos tecnológicos diversos, são focadas nos artigos da Lei que tratam da consolidação de Arranjos Produtivos Locais, parques e de benefícios e incentivos fiscais para o setor.

A maioria está alinhada aos estudos do governo do estado, como o programa que irá atender o disposto no artigo 27 da nova Lei, que trata especificamente de incentivos fiscais para a tecnologia.

“Será um instrumento parecido com o Fundopem, mas com regras adequadas às empresas inovadoras”, destacou o secretário de Ciência e Tecnologia, Artur Lorentz, presente ao encontro.

As regras deste novo programa, que sairá através de decreto, estão sendo detalhadas pelos técnicos da Secretaria da Fazenda, da Ciência e Tecnologia e de Desenvolvimento e de Assuntos Internacionais.

Outra sugestão apresentada foi a criação de um comitê para analisar os produtos e processo tidos como inovadores pelas empresas, o que facilitará seu encaminhamento – ou não – a projetos de incentivo.

“A idéia é criar uma rede de consultores para avaliar os projetos e atestar seu teor inovador, encaminhando o que for aprovado à Caixa RS, pois esta não dispõe de uma estrutura para avaliação das iniciativas”, destacou Julio Ferst, diretor técnico da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado.

Também foi sugerida a oferta, pelo IEL-RS, de capacitação com custos reduzidos, em áreas como internacionalização e gestão de comércio exterior, para empresas vinculadas a parques tecnológicos.

A capacitação dos gestores dos parques, desta vez fornecida pelo governo gaúcho, também foi sugerida, assim como o incentivo à realização de estudos mercadológicos para encaminhamento das empresas saídas de incubadoras, pólos e parques.

A idéia é ajudar as companhias a encontrarem o nicho certo para oferecer seus produtos sem precisar sair do estado, evitando a evasão.

“O governo do estado anda muito atrasado em relação a uma política de implantação dos parques tecnológicos”, destaca o presidente da Rede Gaúcha de Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos do Estado (Reginp), Carlos Renato Silva. “A mobilização promovida pela Agenda e a disposição do governo em levar em consideração as sugestões da sociedade é um fato importante para avançar nesta questão”, finaliza ele.