Anprotec: Economia brasileira é frágil porque inova pouco

A vulnerabilidade da economia brasileira não seria produto somente da exposição ao contexto mundial, mas da escassa capacidade de inovação produtiva. A opinião é do economista do Ipea Divonsir Gusso, que esteve em Curitiba na terça-feira, 06, durante o XV Seminário Anprotec apresentando a pesquisa Inovação e Desempenho das Empresas Industriais Brasileiras. "É preciso ter em conta não só a qualidade final do produto, mas a dos processos intermediários.
06 de setembro de 2005 - 10:07
A vulnerabilidade da economia brasileira não seria produto somente da exposição ao contexto mundial, mas da escassa capacidade de inovação produtiva. A opinião é do economista do Ipea Divonsir Gusso, que esteve em Curitiba na terça-feira, 06, durante o XV Seminário Anprotec apresentando a pesquisa Inovação e Desempenho das Empresas Industriais Brasileiras. "É preciso ter em conta não só a qualidade final do produto, mas a dos processos intermediários. Aqui, as incubadoras tecnológicas podem dar uma grande contribuição", apontou Gusso.

Segundo dados do estudo, as companhias brasileiras investem 80% a mais em P&D em relação ao seu faturamento do que as multinacionais instaladas no País, que na sua maioria desenvolvem produtos padronizados e importam as novas tecnologias das suas sedes. As organizações nacionais com alto grau de inovação - aportes de cerca de 2% do faturamento em pesquisa - já são responsáveis por 25% do PIB industrial do Brasil, infomou o ecomomista, agregando que o salário médio de tais empresas é de R$ 1,2 mil.

O repórter Maurício F. Renner está em Curitiba, cobrindo o XV Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas, a convite do Tecnopuc.