
Derrubado por autoridades norte-americanas, o site de compartilhamento de arquivos Megaupload lançou um novo site às pressas, cujo acesso se dá diretamente via IP, sem um domínio.
Quem acessa o 109.236.83.66/, cai numa página do serviço alertando para possíveis golpes com a marca, e pedindo para que os internautas divulguem a estratégia, feita para driblar as restrições impostas pela polícia federal dos Estados Unidos.
“Estaremos de volta com força total em breve”, diz a página.
Nessa semana, criadores e funcionários do site foram presos, acusados de participar de um esquema de violação de direitos autorais chamado pelos promotores de “Mega Conspiracy”.
Foram derrubados 18 domínios do Megaupload.
Segundo a AP, comum dos executivos do site foram apreendidos armas, mais de £ 5 milhões (cerca de R$ 13,7 milhões) em dinheiro e carros de luxo no valor de £ 3 milhões (R$ 8,2 milhões).
O processo diz que o site e seus patrocinadores teriam gerado mais de US$ 175 milhões em rendimentos criminosos e tirado das mãos de detentores de direitos autorais por volta de US$ 500 milhões.
As acusações emergem no mesmo momento em que o Congresso norte-americano tem dificuldades em função de legislação promovida pelas indústrias do cinema e da música para reduzir a pirataria online.
Grandes sites como o Google e o Facebook se opuseram e afirmaram que, da maneira como a legislação foi redigida, ela levaria à censura.
Tanto a lei – mais conhecida como SOPA – quanto as ações contra o Megaupload despertaram o grupo hacker Anonymous, que disparou ataques DdoS contra as páginas da gravadora Universal Music, do Departamento de Justiça dos EUA e da Motion Picture Association of America, associação de estúdios.