Alessandro Buonopane.
A GFT, uma multinacional alemã muito presente no setor financeiro, acaba de colocar dois executivos brasileiros em posições de comando para a empresa em toda América Latina, integrando as operações.
Alessandro Buonopane, até então CEO da GFT no Brasil, acumula agora também a função de CEO Latam, agregando as responsabilidades pelo México, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Chile e Peru.
O mesmo vale para Jonatas Leandro, VP de Inovação e Desenvolvimento de Negócios no Brasil, que passa a liderar também a Business Development Platform (BDP) na América Latina.
A BDP no caso é o nome de uma área interna da GFT que tem a missão de transformar capacidades internas em produtos de plataforma que gerem novas receitas por meio de parceiros.
Normalmente, o Brasil costuma responder por quase a metade dos negócios das grandes empresas de tecnologia na América Latina.
Isso faz com que a configuração típica do organograma seja executivos brasileiros no Brasil, e do México, Argentina e outros países da região à frente da América Latina (o que não quer dizer que brasileiros não assumam esses cargos).
O nível de integração da GFT entre operações brasileiras e latino americanas, com os brasileiros puxando o carro, é bem mais raro, o que tem que ver com o peso relativo do Brasil no global da empresa.
“O Brasil sempre foi o motor da GFT, sendo o maior mercado do grupo, com 18% das receitas globais. Assumir a liderança da América Latina nos permite alinhar estratégias, acelerar o crescimento regional e entregar ainda mais valor aos nossos clientes e parceiros em todos os países da região”, afirma Buonopane.
A importância do Brasil dentro da GFT é tal que a empresa colocou o brasileiro Marco Santos no cargo de CEO global em março de 2024, uma decisão inédita em empresas de tecnologia.
A GFT abriu sua operação no Brasil em 2006 em Sorocaba, no interior paulista, com objetivo de ser um centro de desenvolvimento offshore.
Santos entrou na empresa em 2012, com a missão de focar mais no mercado local, no que na época era um movimento comum de muitas empresas com centros de desenvolvimento off shore no Brasil.
A coisa decolou para valer para a GFT no Brasil quando a empresa se tornou uma das fornecedoras do grande projeto de nuvem AWS no Itaú, fechado em 2020.
Foi quando o Brasil foi sozinho responsável por 18% da receita global da GFT, faturando € 40,22 milhões em 2024, um crescimento de 33% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No ano passado, a GFT foi a vencedora na categoria “Innovation Partner of the Year” das premiações distribuídas pela AWS no seu evento anual, em parte pelo projeto do Itaú.
