
Marcelo Carreras.
Marcelo Carreras não é mais gerente executivo de TI da Petrobras.
A informação é de fontes de mercado ouvidas pelo Baguete.
A reportagem do Baguete procurou a Petrobras para saber se um substituto foi definido.
Por meio da sua assessoria de imprensa, a estatal disse que "não tem essa informação".
Carreras estava no comando da TI da Petrobras desde agosto de 2019 e liderou algumas iniciativas de grande vulto na petroleira.
Um dos maiores entre eles foi a atualização do sistema de gestão da SAP para o S/4, rodando na nuvem, definido pela empresa como o maior já feito na América Latina, o que certamente é verdade.
Durante a gestão de Carreras, a Petrobras também investiu pesado em computação em nuvem, tendo como fornecedores preferenciais a Microsoft e a AWS.
No começo de abril, a Petrobras divulgou planos de gastar um total de R$ 240 milhões em computação em nuvem neste ano, um aumento de 39% frente aos valores de 2022.
A nuvem está sendo usada para soluções de TIC corporativas, aplicações contábeis, de RH e outras.
A infraestrutura própria foca em aplicações científicas, como é o caso da Computação de Alto Desempenho (High Performance Computing – HPC), que processa dados para as atividades de exploração e produção.
Carreras é um profissional com um currículo estelar. Ele foi CIO da CPFL Energia, onde atuou por nove anos, liderando um grande projeto de upgrade para o S/4 na empresa de energia.
(Esse é certamente um conhecimento em alta, em um momento em que a maioria dos grandes clientes da SAP tem que considerar a sua migração para o S/4).
O executivo também foi CIO da Light, entre 2006 e 2009, e da Rio Grande Energia, entre 1998 e 2006.
Carreras começou a carreira na Gerdau, como engenheiro eletrônico, em 1986, tendo sido também gerente de TI na Epcos.
TROCA DE RUMOS
A Petrobras está em um momento de mudança de rumos.
Na semana passada, a assembleia de acionistas da companhia elegeu um novo conselho de administração.
Para muitos analistas, o novo conselho deve abrir caminho para a implementação de uma estratégia mais afim ao governo Lula (PT).
Lula defende uma Petrobras que atue como uma empresa de energia integrada, incluindo geração renovável, e não apenas com foco no petróleo do pré-sal.
A política de preços de combustível recebeu muitas críticas do presidente, assim como a de dividendos, que teria privilegiado mais os acionistas do que investimentos, em sua avaliação.