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ChatGPT terá versão privada

Clientes podem pagar 10x mais para ter seus dados separados.

02 de maio de 2023 - 11:47
Objetivo é tranquilizar os clientes, que não terão seus dados sendo vazados para o sistema principal do ChatGPT. Foto: Depositphotos

Objetivo é tranquilizar os clientes, que não terão seus dados sendo vazados para o sistema principal do ChatGPT. Foto: Depositphotos

A Microsoft tem planos para vender uma versão privada do ChatGPT, na qual os clientes vão pagar para ter seus dados separados.  

Conforme o The Information, a alternativa para o ChatGPT deve ser divulgada ainda neste trimestre, rodando em servidores em nuvem dedicados para a plataforma.

O objetivo é tranquilizar os clientes, que não precisarão se preocupar com seus dados sendo vazados para o sistema principal do ChatGPT.

Ainda segundo o The Information, o produto pode custar até dez vezes o valor da versão regular do ChatGPT.

A ideia veio após companhias evitarem adotar o ChatGPT por medo que seus funcionários fornecessem dados privados ao chatbot.

A Samsung, por exemplo, optou por desenvolver sua própria inteligência artificial para uso interno, após funcionários da empresa usarem a plataforma para trabalhar com informações secretas da empresa.

Em menos de um mês, foram registrados três incidentes relacionados a colaboradores vazando informações sensíveis por meio da inteligência artificial da OpenAI, cujo uso era autorizado apenas para identificar e corrigir erros em suas linhas de código.

Fundada em 2015, a OpenAI tem sede em São Francisco e se define como uma empresa de pesquisa e implantação de inteligência artificial. A startup é governada por um conselho sem fins lucrativos composto por funcionários. 

Até então, seus investidores incluem a fundação de caridade de Reid Hoffman e a Khosla Ventures, além da própria Microsoft, que já havia investido US$ 1 bilhão em dinheiro e créditos na nuvem em 2019.

O ChatGPT, desenvolvido pela empresa, tem um formato de diálogo que permite responder a perguntas de acompanhamento, admitir seus erros, contestar premissas incorretas e rejeitar solicitações inadequadas.

Em janeiro, a Microsoft aportou um valor não revelado na startup. As especulações são de que a big tech teria investido cerca de US$ 10 bilhões (aproximadamente R$ 51,7 bilhões) na startup.