CAD

Creo: migração até o final de 2014

Até fim de 2014, de 80% a 90% da base do CAD 3D da PTC deverá migrar para o Creo, versão renovada da solução, com recursos de design direto.

31 de agosto de 2012 - 09:16
John Buchowski, VP da PTC.

John Buchowski, VP da PTC.

Até o final de 2014, algo entre 80% e 90% da base instalada do software de CAD 3D da PTC já deverá ter migrado para algum release do Creo, a versão remodelada da solução da empresa, lançada em 2011.

Hoje, 10% dos clientes já adotaram o novo produto, com funcionalidades de design direto junto com a tradicional abordagem paramétrica, uma nova tendência na indústria de CAD. Cifra que deve chegar a 50% até dezembro de 2013.

“É um novo software e uma mudança dessas não é fácil. Nós já esperávamos esse ritmo, por isso lançamos uma versão 2.0 apenas nove meses depois da 1.0, para sinalizar que estávamos comprometidos”, afirma John Buchowski, VP para o produto Creo e estratégia de parceiros da multinacional americana.

Buchowski, que esteve em São Paulo nesta quinta-feira, 30, participando do PTC Live Tech Fórum, destaca que no top 100 dos maiores clientes da empresa a velocidade é maior: 44 deles já migraram para o Creo e a expectativa é que o número chegue a 65% até o fim de 2013, acima da média geral.

No Brasil, um exemplo é a gaúcha Randon, uma das primeiras a migrar suas licenças para o novo software.

De qualquer maneira, migrações de plataforma de CAD não são um assunto simples e muitas grandes empresas optam por priorizar a entrega de projetos em andamento, para depois fazer uma migração.

A Wolkswagen, por exemplo, escolhe deliberadamente permanecer sempre duas versões atrás do último lançamento e fazer o upgrade pulando um estágio intermediário.

Todos os sistemistas da empresa acabam seguindo a mesma estratégia.

Apesar dos investimentos de US$ 520 milhões em aquisições de empresas com tecnologias complementares a sua suíte de gestão de ciclo de vida de produto (PLM, na sigla em inglês), tecnologias que tem centralizado o discurso da PTC, CAD ainda é a galinha dos ovos de ouro da empresa.

Mas as coisas estão mudando. No ano fiscal 2011, pela primeira vez, a receita de CAD foi menos da metade (46%) do faturamento total de US$ 1,2 bilhão, alta de 20%.

No Brasil, um mercado menos desenvolvimento para aplicações de PLM, a virada ainda não aconteceu – nem deve acontecer até o final de 2013 – mas a empresa tem trabalhado para isso, cadastrando revendas focadas exclusivamente na soluções da área como a paulista Mult-e.

* Maurício Renner cobre o  PTC Live Tech Fórum em São Paulo à convite da PTC.