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Ex-Startupeiros compram Rio Branco de Vitória

Fundadores da Zaitt e Shipp investem no maior clube de futebol capixaba.

29 de maio de 2023 - 05:17
Empreendedores têm planos ousados para o Rio Branco. Foto: Depositphotos.

Empreendedores têm planos ousados para o Rio Branco. Foto: Depositphotos.

Renato Antunes de Souza Júnior e Rodrigo Simões Miranda, dois empreendedores que já fundaram e venderam startups, têm um novo desafio: eles lideram um grupo de investidores que compraram o Rio Branco de Vitória, o maior clube do futebol do Espírito Santo.

Segundo revela o Brazil Journal, a compra foi feita por meio da T2R, uma empresa que reúne dez investidores. 

A T2R vai investir R$ 50 milhões no Rio Branco ao longo dos próximos dez anos, em troca de 90% de participação na Sociedade Anônima do Futebol, que é a nova dona do clube.

(As tais SAFs são um instrumento jurídico criado por uma lei de 2021 para transformar clubes de futebol em empresas. Já embarcaram na onda nomes como Botafogo, Vasco e Cruzeiro).

Como parte do acordo, 20% do investimento vai para a construção de um novo centro de treinamentos do clube. O restante vai para novas contratações de jogadores que possam mudar o Rio Branco de patamar.

Souza e Miranda fundaram a Shipp, uma startup de delivery; e a Zaitt, um supermercado autônomo, ambos comprados em 2020 pela Sapore, um dos maiores grupos do Brasil na área de alimentação corporativa (o bom e velho bandejão).

Como costuma acontecer nesse tipo de negócio, os dois estavam comprometidos por contrato com a Sapore por três anos, um período que agora acabou, deixando os empreendedores livres para a próxima tacada.

E essa aposta é o Rio Branco, um clube de futebol quase desconhecido no cenário nacional, mas que os empreendedores acreditam ter potencial.

Pelas contas da T2R, quase a metade dos capixabas (ou 1,9 milhão de pessoas) se identificam como torcedores do Rio Branco

No campo, a fase não é muito boa. Com 37 títulos do estadual do Espírito Santo, o dobro do segundo colocado, o Rio Branco não ganha a competição desde 2015. 

Em nível nacional, a situação é ainda mais modesta. O time não está nem na Série D do Brasileirão, e a última vez que disputou uma Série A foi em 1987. 

A meta dos novos donos é levar o clube para a Série B do Brasileirão até 2030, quando ele já estaria entre os 40 maiores clubes no ranking da CBF. Hoje, ele não está nem entre os 100 maiores.