
TICKS tem Taiwan e Coreia do Sul substituindo Brasil e Rússia do BRICS. Foto: Brian A Jackson/Shutterstock.
O grupo de países emergentes BRICS (Brasil, Rússia, Índia e China e África do Sul) está deixando de ser considerado de grande potencial para investidores, que agora colocam as expectativas no TICKS.
O novo grupo tem Taiwan e Coreia do Sul substituindo Brasil e Rússia, países que sofrem com a queda das commotidies, além de instabilidade política e econômica.
O BRIC, termo criado em 2001 pelo então economista-chefe do Goldman Sachs, Jim O'Neill, ganhou o “S” no final em 2012, com a entrada da África do Sul entre os países com potencial de crescimento.
No final do ano passado, depois de alguns prejuízos, o Goldman Sachs resolveu fechou um fundo criado há nove anos que investia em ativos do grupo BRICS. Os ativos do fundo caíram 88% em relação ao pico de 2010.
Segundo o Financial Times, além de ter um acrônimo pegajoso, o novo grupo diz muito sobre a natureza mutável dos mercados emergentes - e do mundo em geral - com serviços, especialmente de tecnologia, em alta; e o comércio de mercadorias físicas, especialmente de commodities, em baixa.
A publicação aponta dados da Copley Research que dizem que o peso relativo da exposição dos fundos de capital de emergentes aos TICKS cresceu para 54% hoje, de 40% em abril de 2013.
Em dezembro do ano passado, 63% destes fundos tinham pelo menos metade dos seus fundos investidos nos TICKS, enquanto só 10% tinham esse nível de exposição aos BRICS.
As duas ações mais comuns entre os 120 fundos monitorados pela Copley, que somam US$ 230 bilhões em ativos, são a fabricante de chips taiwanesa TSMC e a gigante coreana Samsung. Empresas como Alibaba, Baidu e Netease estão ganhando destaque.