EDTECH

HeroSpark: B1 para arrumar a casa

Startup substituiu uma série de ferramentas e planilhas com o ERP da SAP.

20 de janeiro de 2022 - 07:32
HeroSpark vem em crescimento acelerado (foto pré-pandemia). Foto: Divulgação.

HeroSpark vem em crescimento acelerado (foto pré-pandemia). Foto: Divulgação.

A HeroSpark, uma startup curitibana de tecnologia para ensino a distância, implementou o software de gestão para pequenas e médias empresas Business One da SAP, em um projeto conduzido pela Golive.

O projeto levou cerca de cinco meses, com o software começando a rodar em novembro de 2021.

O novo ERP deve facilitar a gestão da HeroSpark, que nasceu em 2019 a partir da fusão entre Edools e EADBOX, startups que até então eram concorrentes na área de edtech.

“Em razão da complexidade de cada arquitetura e vínculos já existentes de processos financeiros de cada uma das plataformas, o time financeiro convivia com diversas ferramentas segregadas, de ambas as empresas”, explica Michely Juglair Saldanha, head de finanças da HeroSpark.

De acordo com Saldanha, a HeroSpark trabalhava com sete ferramentas no total, considerando contabilidade, fiscal, faturamento, controle de contas a pagar, registro do ponto e portal de RH, e ainda assim tinha informações controladas por planilhas.

Uma situação complicada para uma startup em alta, com planos de dobrar de tamanho.

A HeroSpark tem hoje 1,6 mil clientes, atingindo seis milhões de alunos em 21 países.

Em agosto de 2021, a HeroSpark recebeu um aporte de R$ 17 milhões, liderada pela Alexia Ventures.

Antes da fusão, a Eadbox já tinha levantado R$ 4 milhões da Bzplan, gestora de fundos de venture capital com atuação na região Sul.

Ambas companhias passaram por programas de aceleração como 500 Startups, Google Launchpad e Black Box.

Sediada em Curitiba, como a HeroSpark, a Golive entrou no mercado B1 em 2016, atuando como um canal da Ramo, uma das maiores empresas nesse segmento.

No ano passado, a Golive se tornou um player independente. Até agora, ela já fez 20 implementações de B1, sendo a maior delas na rede de ensino de idiomas Wiseup.

O histórico dos fundadores com ERP é anterior. A empresa atuou por quase 10 anos de maneira independente com desenvolvimento para o Protheus, um sistema de gestão para pequenas e médias empresas da Totvs.

SAP EM ALTA COM STARTUPS

A SAP anda em alta com startups brasileiras no setor de tecnologia. 

A Zenvia, uma empresa gaúcha de tecnologia em alta depois de ter aberto capital na Nasdaq, está trocando o seu sistema de gestão da Totvs pelo S/4 Hana da SAP rodando na nuvem. 

Outro cliente recente do S/4 é a Buser, uma plataforma de compra de viagens de ônibus.

É entre startups de tecnologia menores, porém não menos promissoras, que a SAP vem emplacando mais clientes, com projetos de Business One.

Algumas empresas de tecnologia que implementaram B1 nos últimos anos incluem a Moss, plataforma mundial de compra de créditos de carbono; a Insole, uma fintech pernambucana que oferece financiamento para a instalação de placas solares; a Rentcars.com, plataforma online de aluguel de carros; o Movile, grupo dono de marcas como iFood, Zoop e Sympla; a Gerdau Next, área de novos negócios da siderúrgica brasileira e o Traders Club, uma plataforma de conteúdo para investidores em alta no Brasil.

A SAP trouxe o B1 para o Brasil em 2005. Hoje são 150 empresas trabalhando com implementação e 7,5 mil clientes no Brasil, o que é uma cifra respeitável em um universo de 70 mil clientes em todo o mundo.

Para startups com planos de crescimento exponencial, o B1 traz uma solução de gestão com a qualidade e o glamour da grife SAP, a empresa que vende as soluções usadas pelas grandes corporações nas quais as startups visam se converter.

Nem todos vão chegar lá, mas a SAP pode estar ganhando agora algumas grandes contas no futuro.