As 140 vagas abertas recentemente pelo Centro Global de Tecnologia do Grupo HSBC no Brasil em Curitiba são só a ponta de um iceberg. Até 2013, o banco deve gerar cerca de 1,5 mil empregos de TI na capital paranaense, totalizando 2 mil colaboradores.
Segundo o CEO do chamado GLT, Jacques Depocas, a operação brasileira está em alta junto à sede do banco em Londres tanto pela qualidade dos profissionais como pela política de desconcentrar os centros de desenvolvimento offshore.
“Nosso quadro médio tem 27 anos e pelo menos sete de experiência. Na Índia a idade é similar, mas a vivência de mercado é de três”, comenta Depocas. Hoje o HSBC tem dois centros indianos, abertos em 2002, e hoje com 7 mil pessoas, e outro na China, inaugurado em 2000, com 2,5 mil.
De acordo com o CEO, a experiência e a qualificação vêm atraindo novos contratos de desenvolvimento para o Brasil, apesar da diferença de custos trabalhistas. “Na China e Índia os novos colaboradores são recém formados especialistas numa plataforma, aqui não”, comenta o executivo, revelando que o turnover por aqui é menos da metade do indiano.
Depocas acredita que o brasileiro seja mais comprometido. De acordo com o executivo, é comum funcionários indianos trocarem de emprego logo após passarem períodos no exterior em treinamentos nos clientes. “Na Índia, a única maneira de aumentar o salário é trocar de emprego”, explica.
O centro brasileiro, operante desde 2006, é ainda o menor, atualmente com cerca de 400 funcionários, número que deve dobrar até o final do ano que vem, embalado pela consolidação da TI do HSBC em nível mundial.
“O HSBC fez 82 aquisições de bancos nos últimos anos e ainda falta muita coisa por consolidar”, adianta Depocas. Batizado de One HSBC, o projeto é dividido em 35 áreas diferentes.
O crescimento em Curitiba não representa oportunidades apenas para os paranaenses – que hoje formam 70% da equipe da operação. “Queremos atrair pessoas de todo o Brasil”, comenta o CEO, destacando a conhecida qualidade de vida da capital paranaense e os prêmios recebidos pelo GLT, tido como a 11ª melhor empresa para trabalhar.
A disputa pelos recursos locais está em aumento. Um estudo da Assespro-PR de março de 2008 indicou 1,3 mil vagas abertas em TI na cidade.
Desde então, Nokia e Atos Origin anunciaram a abertura de operações locais, com contratações de 340 e 2 mil funcionários, respectivamente, no médio prazo.
Biografia
Filho de canadenses nascido na Colômbia, Depocas parece ter o perfil certo para uma operação internacional. O executivo fala inglês, francês, espanhol e português e já morou no México, Espanha e Estados Unidos.
A empolgação com o Brasil não é coisa de recém chegado, no entanto. O profissional veio para país em 1993, onde abriu uma corretora de seguros em São Paulo dois anos depois.
Depocas está no HSBC desde 2000 e já foi responsável pelos canais alternativos do banco, como ATMs, internet banking, websites e intranet corporativa. Desde 2006, comanda o GLT.
Segundo o CEO do chamado GLT, Jacques Depocas, a operação brasileira está em alta junto à sede do banco em Londres tanto pela qualidade dos profissionais como pela política de desconcentrar os centros de desenvolvimento offshore.
“Nosso quadro médio tem 27 anos e pelo menos sete de experiência. Na Índia a idade é similar, mas a vivência de mercado é de três”, comenta Depocas. Hoje o HSBC tem dois centros indianos, abertos em 2002, e hoje com 7 mil pessoas, e outro na China, inaugurado em 2000, com 2,5 mil.
De acordo com o CEO, a experiência e a qualificação vêm atraindo novos contratos de desenvolvimento para o Brasil, apesar da diferença de custos trabalhistas. “Na China e Índia os novos colaboradores são recém formados especialistas numa plataforma, aqui não”, comenta o executivo, revelando que o turnover por aqui é menos da metade do indiano.
Depocas acredita que o brasileiro seja mais comprometido. De acordo com o executivo, é comum funcionários indianos trocarem de emprego logo após passarem períodos no exterior em treinamentos nos clientes. “Na Índia, a única maneira de aumentar o salário é trocar de emprego”, explica.
O centro brasileiro, operante desde 2006, é ainda o menor, atualmente com cerca de 400 funcionários, número que deve dobrar até o final do ano que vem, embalado pela consolidação da TI do HSBC em nível mundial.
“O HSBC fez 82 aquisições de bancos nos últimos anos e ainda falta muita coisa por consolidar”, adianta Depocas. Batizado de One HSBC, o projeto é dividido em 35 áreas diferentes.
O crescimento em Curitiba não representa oportunidades apenas para os paranaenses – que hoje formam 70% da equipe da operação. “Queremos atrair pessoas de todo o Brasil”, comenta o CEO, destacando a conhecida qualidade de vida da capital paranaense e os prêmios recebidos pelo GLT, tido como a 11ª melhor empresa para trabalhar.
A disputa pelos recursos locais está em aumento. Um estudo da Assespro-PR de março de 2008 indicou 1,3 mil vagas abertas em TI na cidade.
Desde então, Nokia e Atos Origin anunciaram a abertura de operações locais, com contratações de 340 e 2 mil funcionários, respectivamente, no médio prazo.
Biografia
Filho de canadenses nascido na Colômbia, Depocas parece ter o perfil certo para uma operação internacional. O executivo fala inglês, francês, espanhol e português e já morou no México, Espanha e Estados Unidos.
A empolgação com o Brasil não é coisa de recém chegado, no entanto. O profissional veio para país em 1993, onde abriu uma corretora de seguros em São Paulo dois anos depois.
Depocas está no HSBC desde 2000 e já foi responsável pelos canais alternativos do banco, como ATMs, internet banking, websites e intranet corporativa. Desde 2006, comanda o GLT.
Maurício Renner
Editor at Baguete Diário