por Espetto Carioca

IA é a nova bolha da Internet?

12 de dezembro de 2023 - 09:42

O atual boom da inteligência artificial pode terminar da mesma forma que a chamada Bolha PontoCom, no ano 2000, quando investidores despejaram dinheiro em empresas que priorizavam a Internet.

A previsão é de James Penny, diretor de investimentos da TAM Asset Management.

“Empresas que sequer mencionam a palavra IA em seus ganhos estão vendo aumentos no preço de suas ações e isso tem um cheiro muito parecido com a era das pontocom”, alertou Penny ao site Business Insider.

De acordo com o site Infomoney, na época, o Nasdaq Composite, índice de empresas de tecnologia nos Estados Unidos, chegou a 5.132, sua máxima histórica até então.

Até o final do mesmo ano, essa bolha estourou. As empresas do índice perderam 75% do valor e mais de 500 negócios que estavam fornecendo serviços para a recém popularizada Internet quebraram. 

O estouro foi precedido por um longo período de “exuberância irracional”, nas palavras do ex-presidente do Federal Reserve Alan Greenspan e do professor Robert Shiller, um dos maiores especialistas norte-americanos em bolhas.

Mas é difícil negar que as tecnologias de IA estão gradualmente se tornando parte de nossas vidas, tanto pessoais quanto profissionais. Muitas empresas dificilmente conseguem imaginar seu trabalho diário sem ferramentas de IA e, os fornecedores de software estão incorporando ativamente as tecnologias de IA em suas plataformas e aplicativos. Alguns sistemas empresariais até fornecem IA gratuitamente para seus usuários - o Bitrix24 é um deles.

O software é conhecido por sua ampla gama de várias ferramentas modernas (CRM, RH, tarefas e projetos, colaboração, etc.) e recentemente anunciou a capacidade de usar IA para várias necessidades de negócios: a IA pode converter o texto de uma tarefa em uma lista de verificação ou transformar uma conversa telefônica em um texto. O Bitrix24 tem prompts de funcionários para facilitar o uso: instruções e frases usadas para gerar texto.

Muitas vezes, as pessoas pensam que a IA foi criada para substituir completamente os humanos em diferentes áreas da vida e do trabalho, o que, no momento, parece muito irrealista. É por isso que muitas pessoas não acreditam no sucesso da IA ​​e acreditam que a tecnologia se tornará rapidamente obsoleta. É importante entender que a IA não pode substituir completamente os humanos e fazer o trabalho por eles, mas é impossível negar a importância e a eficácia da ferramenta. Portanto, podemos chegar à seguinte conclusão: as pessoas e empresas que usam a IA em seu trabalho substituirão aquelas que negam ou não sabem como usar as tecnologias modernas em seu trabalho. E vários softwares continuarão a investir em IA, e as empresas a implementarão em seu trabalho diário.

Recentemente, o próprio Sam Altman, CEO da OpenAI, dona do ChatGPT, destacou o “hype”: “há muito frenesi dos investidores em torno da IA no curto prazo”.

Somente em uma semana no mês de maio, os negócios relacionados à IA registraram US$ 8,5 bilhões (cerca de R$ 41,26 bilhões) investidos em fundos de tecnologia.

Um dos exemplos de empresas que aumentaram de valor recentemente é a Nvidia, que atingiu um valor de mercado de US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5 trilhões). 

A companhia fabrica chips para tarefas de computação de IA, chamadas unidades de processamento de gráficos (GPU, na sigla em inglês). Os GPUs são os processadores utilizados em hardwares de bots de IA, como o ChatGPT, da OpenAI, e o Bard, do Google.

De acordo com previsões do Bloomberg Intelligence, o mercado de IA generativa pode chegar a US$ 1,3 trilhão (cerca de R$ 6,31 trilhões) até 2032.