IBM quer que o PowerPC seja o novo Linux

A IBM pretende fazer pelo seu processador PowerPC o mesmo que proporcionou ao Linux quatro anos atrás - criar um mercado grande o suficiente para que outras empresas possam participar e, com isso, gerar mais receita para a companhia.

Em um evento realizado na cidade espanhola de Barcelona durante a semana passada, poucos dias depois de a Apple divulgar que deixaria de usar chips PowerPC e migraria para Intel, a IBM anunciou que 11 novos membros se juntaram à iniciativa Power.org.

14 de junho de 2005 - 16:23
A IBM pretende fazer pelo seu processador PowerPC o mesmo que proporcionou ao Linux quatro anos atrás - criar um mercado grande o suficiente para que outras empresas possam participar e, com isso, gerar mais receita para a companhia.

Em um evento realizado na cidade espanhola de Barcelona durante a semana passada, poucos dias depois de a Apple divulgar que deixaria de usar chips PowerPC e migraria para Intel, a IBM anunciou que 11 novos membros se juntaram à iniciativa Power.org. Agora, o grupo já conta com 27 empresas no total.

O consórcio, que foi criado em dezembro de 2004, pretende criar novos chips baseados na arquitetura da família Power, sistemas operacionais, softwares e ferramentas para diversas aplicações, entre elas a de sistemas para automóveis, set-top boxes (equipamento que permite transformar a TV em uma interface de navegação na internet, além de ser receptor de sinal digital) e videogames. Neste ano, a Sony e a Microsoft já avisaram que utilizarão processadores PowerPC em seus próximos consoles.

Procurando dar menor importância ao anúncio da Apple, a IBM afirmou que o mercado de PCs representa apenas uma pequena parte de todos os processadores comercializados pela companhia, que atua nos setores de chips que equipam de supercomputadores a handhelds.

Entre os 11 novos membros da Power.org, estão o Barcelona Supercomputing Center, a Celestica e a Universal Scientific Industrial. Eles se juntam aos 16 membros fundadores, que incluem a Sony, a Chartered Semiconductor, Novell, Red Hat e Toshiba.