
Gabriel Levrini, ex-diretor superintendente da agência de propaganda gaúcha Competence, será o novo diretor superintendente do Internacional.
A contratação foi confirmada à reportagem do Baguete Diário pelo vice-presidente de Serviços Especializados do clube, Luciano Davi.
O executivo assume no lugar de Aod Cunha, ex-secretario da Fazenda do governo Yeda Crusius que permaneceu no cargo com o título de CEO por cinco meses.
Aparentemente, o clube decidiu diminuir um pouco o perfil do cargo, abandonando o termo CEO, típico de grandes corporações, por um menos altissonante diretor superintendente.
De qualquer maneira, Levrini terá sob seu controle as áreas administrativa, financeira, de marketing, patrimônio e futebol do clube, respondendo para o conselho de gestão do Inter, formado pelo presidente Giovani Luigi e cinco vice presidentes.
Em seu perfil no Linkedin, Levrini se apresenta em inglês como um estudante de doutorado na PUC-RJ, finalizando um tese focada no mercado de consumidores de baixa renda para os segmentos financeiro e de marketing e diretor da consultoria Lexis Empresarial.
Aod teve passagem conturbada
A passagem pelo Beira Rio do predecessor de Levrini, Aod Cunha, foi bastante conturbada.
Anunciada como uma experiência pioneira do clube gaúcho em termos de profissionalização da gestão do futebol, a permanência do executivo no clube durou cinco meses.
Durante o período, foi tomada a decisão da mudança no modelo de financiamento de reforma do estádio Beira Rio, que deixou de ser baseada em recursos próprios para passar para as mãos da construtora Andrade Gutierrez.
Nos bastidores, o comentário é que Cunha, um dos responsáveis pelo défict zero no orçamento gaúcho, uma das bandeiras da administração tucana no estado, foi uma “consultoria de luxo” para dar a fundamentação econômica do novo modelo.
A missão não foi cumprida sem que Aod fizesse inimigos no Beira Rio. “Depois dessa experiência, tenho claro para mim que estes avanços na área de profissionalização dentro do clube precisam estar no estatuto. De forma muito clara e direita. Consegui avançar até onde era possível”, disse o executivo ao UOL Esporte à época da saída.