ROSTO

Maquininhas da Positivo: reconhecimento facial com Payface

Primeiros pré-testes da tecnologia devem acontecer no ano que vem.

09 de outubro de 2023 - 09:48
Eládio Isoppo, cofundador e CEO da Payface. Foto: Divulgação

Eládio Isoppo, cofundador e CEO da Payface. Foto: Divulgação

A Positivo, fabricante brasileira de PCs e celulares, adotou a solução da Payface, startup catarinense em alta no meio de pagamentos por reconhecimento facial, em suas maquininhas de ponto de venda (POS, na sigla em inglês).

O software da startup está em processo de certificação para ser instalado nos equipamentos com câmera frontal da Positivo, tornando possível o pagamento com rosto em maquininhas.

Conforme o Mobile Time, o modelo de negócios está sendo desenhado junto a bandeiras, emissores e redes de adquirência, espelhando-se no da Apple Pay ao cobrar um valor pequeno e fixo por transação.

A ideia é dividir o custo da cobrança entre todos os beneficiados pela solução, não somente do emissor.

Segundo Eládio Isoppo, um dos fundadores da Payface, a expectativa é que os primeiros pré-testes aconteçam no ano que vem e que o crescimento venha em 2025.

A startup quer que o cadastro da biometria facial para associação a um cartão seja levado para dentro dos aplicativos dos bancos, como já acontece com outras carteiras digitais.

Dessa forma, o usuário pode autorizar o pagamento com seu próprio rosto pelo app do banco, do mesmo jeito que faz com pagamentos por aproximação.

Além disso, Isoppo também acredita que, no futuro, um ícone para pagamentos feitos com reconhecimento facial será criado — assim como os feitos com aproximação.

Fundada em 2018, em Florianópolis, por Eládio Isoppo e Ricardo Fritsche, que já haviam empreendido antes em outras startups, a Payface tem como objetivo conectar por biometria facial o rosto de cada usuário com os mais diferentes meios de pagamento utilizados por varejistas.

A lista inclui cartões de crédito, private labels, wallets, adquirentes, subadquirentes e gateways de pagamento.

Com um time de 80 profissionais, a Payface já tem projetos implementados em varejistas dos estados de Santa Catarina, Bahia, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Entre os seus clientes, estão Super Muffato, Angeloni, St. Marche e Zona Sul.

Desde 2021, a empresa acumula crescimento anualizado de quase 400%. 

Em julho deste ano, a Payface fechou uma rodada série A que totalizou R$ 45 milhões captados.

Desse total, R$ 30 milhões foram liderados pelo BTG Pactual com participação do HiPartners e do multifamily office Oikos, antigos investidores da empresa.

Os outros R$ 15 milhões representam uma extensão da rodada, feita pelo Fintech Revolution, fundo de venture capital fundado por Marcelo Peano, Jader Rossetto e Márcia Mello, conforme noticia o Brazil Journal.