Outra fábrica de chips em São Léo?

São Leopoldo pode estar próxima de receber sua segunda fábrica de encapsulamento de chips.
 
Segundo informações da colunista de economia de Zero Hora, Maria Isabel Hammes, a prefeitura da cidade entregou ao governo estadual nesta quinta-feira, 12, um pedido de isenção fiscal para uma empresa do ramo.
 
A cidade teria encaminhado também um pedido de financiamento no valor de R$ 7 milhões para a construção de uma fábrica em parceria com a Unisinos.

12 de janeiro de 2012 - 17:28
Outra fábrica de chips em São Léo?

São Leopoldo pode estar próxima de receber sua segunda fábrica de encapsulamento de chips.
 
Segundo informações da colunista de economia de Zero Hora, Maria Isabel Hammes, a prefeitura da cidade entregou ao governo estadual nesta quinta-feira, 12, um pedido de isenção fiscal para uma empresa do ramo.
 
A cidade teria encaminhado também um pedido de financiamento no valor de R$ 7 milhões para a construção de uma fábrica em parceria com a Unisinos.
 
A empresa, cujo nome não foi revelado por Hammes, teria investimentos projetados de US$ 120 milhões, com previsão de gerar 750 empregos.
 
A negociação do investimento, que estaria sendo disputado por outro estado, está sendo tratado com máxima confidencialidade pela cidade e a Unisinos, aponta Isabel.
 
E bote confidencialidade nisso. Questionado sobre o tema pela reportagem do Baguete Diário, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Social, Fernando Menezes, afirmou desconhecer o assunto.
 
“Nós temos de fato uma política de atração de empresas, mas eu não sei nada sobre o tema. Seria ótimo se fosse verdade”, aponta Menezes. A reportagem pediu uma posição oficial da prefeitura e da Unisinos, mas não obteve retorno até o fechamento dessa matéria.
 
Na secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, que centraliza negociações desse tipo, a assessoria de imprensa disse que o órgão não divulga informações sobre processos em andamento.
 
Mercado e modelo são atrativos
Apesar da dificuldade em obter alguma confirmação oficial, natural em uma negociação desse gênero, é bem provável que a negociação exista e que São Leopoldo acabe levando a fábrica.
 
É o que aponta Sérgio Bampi, professor do Instituto de Informática da Ufrgs e ex-diretor do Ceitec, tido como uma autoridade na área de semicondutores no Rio Grande do Sul.
 
“O Brasil é um dos poucos países com demanda em alta em um setor que deve crescer mundialmente apenas 3% esse ano”, aponta Bampi, citando como atrativos adicionais os incentivos do governo em nível federal e o modelo de negócios oferecido pela Unisinos e São Leopoldo.
 
Como a cidade e a universidade se comprometem a construir a fábrica – no caso da HT Micron, os jesuítas estão construindo um prédio de R$ 40 milhões que será alugado pela joint venture brasileiro coreana – o possível investidor tem um custo menor para por a operação em andamento, fazendo a vinda mais atrativa.