
Eduardo Bressanin. Foto: Divulgação
De olho nas perspectivas de alta no mercado de crédito consignado, o Grupo P&N aposta em um crescimento de 30% na região Sul em 2012. Nacionalmente, a expectativa é quase dobrar o resultado de 2011, chegando a R$ 2,5 milhões de faturamento.
Para alavancar os negócios no Sul - de onde sai 15% do faturamento geral, ou R$ 225 mil no ano passado -, a empresa quer aumentar o número de representantes.
Atualmente, conta Eduardo Bressanin, sócio-fundador da empresa, são cinco representantes nos três estados. Até o final do ano, a meta é chegar a no mínimo 20.
“Mas, caso apareça 10 por estado, também incorporamos todos. Quanto mais representantes atuando, especialmente no interior, melhor. É um mercado muito promissor e nós precisamos encontrar os braços para sustentar o crescimento”, arremata.
Por braços, Bressanin se refere aos agentes que oferecerão a solução aos correspondentes de crédito.
Conforme o executivo, o sonho de consumo é quem já conhece o mercado de consignado, com carteira formada.
“Ou o camarada teve uma loja, ou é correspondente bancário, ou já atuou nos bancos, nas financeiras”, diz Bressanin, que tem coordenado viagens às regiões para recrutar colaboradores.
A remuneração é variável, podendo chegar a 20% da licença de uso e manutenção mensal.
Segundo o diretor, no entanto, uma das vantagens da ferramenta para quem a representa é a apresentação comercial online.
“Enquanto a pessoa não está capacitada para apresentar o produto nós demonstramos pela internet. A pessoa pode começar a trabalhar na hora”, explica.
Há seis anos a P&N aposta no mercado de consignado, e o grande salto veio em 2010, quando a empresa alavancou o faturamento em 1000%, chegando a R$ 1,5 milhão, com aumento da oferta de crédito.
E a bonança continua.
Aposentados e pensionistas contraíram, no ano passado, R$ 28,4 bilhões em dívidas na modalidade de crédito consignado, segmento para o qual a P&N oferece soluções de gestão e liberação de crédito.
O valor de empréstimos em 2011 é quase 6% a mais do que o montante das operações feitas em 2010, quando os bancos liberaram R$ 26,8 bilhões, segundo informações do INSS.
Foram fechados 10,2 milhões de contratos de crédito consignado, 1,53% a mais do que em 2010, com 10,1 milhões, de acordo com o mesmo levantamento.
“Para nós isso representa um potencial de 30% no Sul, e maior ainda em outras regiões, como o nordeste, com índice de 70%”, diz Eduardo Bressanin, sócio-fundador da empresa.
Hoje, o Sul representa representa até 20% da carteira de clientes no Brasil – número proporcional à participação da região nas aposentadorias concedidas pelo INSS, conforme dados de 2010: 21%.
De acordo com o Instituto, são 141,9 mil aposentados nas áreas urbanas gaúchas, catarinenses e paranaenses.
Em termos de faturamento, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná somam 15% do total. Entre os clientes na região estão a Bahia Credi (que atua na região de Rio Grande, sul gaúcho), Crédi Fácil, no Paraná, e as duas empresas em Santa Catarina.