
Diego Brites Ramos, presidente da Acate.
Santa Catarina acaba de passar o Rio Grande do Sul, tornando-se o quinto maior pólo nacional de tecnologia, com R$ 42,5 bilhões de faturamento em 2024, uma alta de 11% frente à cifra de 2023.
O Rio Grande do Sul ficou agora em sexto, com R$ 41 bilhões, uma alta de apenas 2,5%
Os dados inéditos fazem parte do Observatório Acate 2025, panorama do setor lançado esta semana durante o Startup Summit, um grande evento de tecnologia realizado em Florianópolis.
A ultrapassagem de Santa Catarina é a novidade do ranking, que para cima segue igual com São Paulo puxando a fila com R$ 376 bilhões, alta de 6.6%; seguido por Rio de Janeiro, com R$ 68 bilhões e 4,1%; Minas Gerais, com R$ 64 bilhões e 10,8% e o Paraná, com R$ 55 bilhões e 18,7%.
Como dá para ver, Santa Catarina cresce por cima da média nacional, que foi de 7,7%.
A projeção para os próximos anos é ainda mais ambiciosa. Até 2030, Santa Catarina prevê atingir 140 mil empregos no setor, com um faturamento estimado de R$ 68 bilhões, representando quase 10% do PIB estadual.
O estado também busca consolidar um papel relevante no atendimento da demanda nacional por profissionais, com expectativa de abertura de 98 mil vagas até 2027, 44 mil delas apenas para desenvolvedores.
“Com um ambiente favorável à inovação, profissionais qualificados, alto índice de formalização e crescimento contínuo mesmo em um cenário de desaceleração nacional, Santa Catarina consolida sua posição como uma das referências do setor de tecnologia no Brasil, sendo um polo estratégico não apenas para o Sul, mas para todo o país”, analisa o presidente da Acate, Diego Brites Ramos.
METODOLOGIA
Os dados têm como fonte principal o Sistema de BI do Observatório Acate, desenvolvido pela entidade com base em dados levantados pela Neoway e fontes como a RAIS (Relação Anual de Informações Sociais). O levantamento contempla a quantidade de empresas em atividade, faturamento, número de empreendedores e trabalhadores. As atividades econômicas que identificam o setor seguem a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0), e se dividem em Hardware, Software e Serviços.