
Sistema abastece 14 milhões de moradores. Foto: flickr.com/photos/hacedoraweb.
Nessa sexta-feira, 08, termina o prazo para que os órgãos envolvidos na renovação de outorga do Sistema Cantareira entreguem suas propostas para a Agência Nacional de Águas (ANA) e para o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee).
Nas discussões para a renovação, órgãos técnicos e entidades do setor chegaram a conclusão de que o abastecimento entrará em colapso até 2024 sem a construção de novos reservatórios.
O sistema é o maior produtor de água da metade de São Paulo e das regiões de Campinas, Jundiaí, Limeira e Piracicaba e responsável pelo abastecimento de 14 milhões de moradores.
De acordo com a Exame, pensando apenas no crescimento populacional médio de 1% ao ano para a Grande São Paulo e 4% para região de Campinas, será preciso produzir água para 400 mil moradores a mais por ano.
"Vamos começar com racionamento de água e terminar no colapso. Se três reservatórios previstos não forem construídos, o colapso é certo. Eles são prioritários, questão de vida ou morte", afirma para o veículo Francisco Lahoz, secretário executivo do Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, entidade que representa 75 cidades abrangidas pela bacia e grandes empresas usuárias da água.
O consórcio estima que a região de Campinas precisará de 18 mil litros por segundo, 13 mil a mais do que o usado agora.
No entanto, o Comitê das mesmas bacias aprovou um pedido para o aumento da vazão de água para o interior para 8 mil litros por segundo.