
Cristian Gallas, presidente da Aleste Group
Cristian Gallas, presidente do Aleste Group, realizou uma prova de conceito bastante mais emocionante do que a média para sua solução anti-sequestro.
O empresário foi raptado com a mulher sob mira laser de pistolas de assaltantes ao chegar a um restaurante em Novo Hamburgo na última quinta-feira, 01.
Instalada no celular e no veículo do Audi, uma versão adaptada do aplicativo corporativo Dna0 Mobile identificou o desvio do carro da rota habitual e emitiu alarmes aos familiares. A polícia foi avisada e resgatou o executivo.
“Antes do seqüestro já estávamos trabalhando na versão pessoal, hoje em fase de teste. Eu, meus familiares e outras pessoas da equipe já usamos o equipamento"”, revela o empresário.
Lançado em 2009 na sua versão corporativa com investimentos de R$ 800 mil, o software permite gerenciar ligações feitas e recebidas, o envio de SMS, uso de softwares, o acesso à internet e a localização via GPS colaboradores de 300 empresas através dos seus smartphones.
“O seqüestro teve um lado bom, que foi a possibilidade de testar o produto na prática e ver o que pode ser acrescentado ao dispositivo”, brinca Gallas. A expectativa é que o lançamento aconteça em dois meses.
O empresário passou maus bocados durante o seu “teste”, que encerrou com a Brigada Militar parando os seqüestradores numa barreira policial, com direito a tiroteio e fuga dos criminosos, que acabaram batendo num poste e sendo presos.
Para o mercado
A solução que ajudou a deter o seqüestro de Gallas deve ser vendida pela loja de aplicativos de operadoras de telefonia por valores entre R$ 5 e R$ 10.
De acordo com Gallas, a Aleste vem negociando com duas grandes operadoras de telefonia a comercialização do aplicativo, que terá uma versão mais amigável focada no usuário final.
Na versão doméstica, o aplicativo permitirá que o usuário defina rotas de alerta, ou seja, pontos que, ao serem percorridos pelo veículo, emitirão alertas às pessoas indicadas no sistema.
Serão duas opções do equipamento: uma para ser instalada no celular e outra no veículo do usuário. Esta última, ligada à bateria do carro, transmite dados de localização de 10 em 10 minutos ou conforme programado.
“A opção para instalar no veículo deve ser lançada nos próximos meses, ainda estamos em negociação com empresas de São Paulo. O próximo passo talvez seja estabelecer parcerias para instalação dos equipamentos nos carros”, revela Gallas.
Também estão sendo avaliados alguns aprimoramentos para o aplicativo, como mesclar coberturas das operadoras de telefonia, de forma a possibilitar o funcionamento em qualquer área.