
Qualquer produtor de energia que se conecte à rede da TIM terá desconto em sua conta de luz. Foto: Pexels
A TIM está escaneando o mercado em busca de um parceiro para desenvolver um marketplace voltado para a geração distribuída de eletricidade, caracterizada pela produção de energia de maneira próxima aos seus consumidores, independente da potência, tecnologia e fonte utilizadas.
Até o momento, o site Mobile Time reporta que a operadora já endereçou 25 cartas convite a possíveis candidatos.
A modalidade permite que qualquer produtor de energia, seja uma residência, condomínio, fazenda solar ou empresa, se conecte à rede da TIM a fim de obter desconto em sua conta de luz ao final de cada mês, bem como comercializar seu serviço aos clientes da operadora, desde que ligados à mesma distribuidora de energia.
O objetivo é estabelecer um acordo estratégico em que a TIM tenha participação acionária no negócio do parceiro a depender do sucesso do projeto.
Segundo o MT, a legislação atual incentiva fortemente a geração distribuída, isentando os adeptos de qualquer taxa de transmissão ou distribuição às concessionárias de energia pelo uso de suas redes por um período de 30 anos.
A pegadinha, é que o benefício só vale para aqueles que passarem a gerar energia até junho de 2023, cláusula que está fazendo com que a TIM adiante seus planos.
Em outubro deste ano, o Baguete noticiou um movimento similar, desta vez da Oi.
A operadora anunciou que iria oferecer contratos de energia verde para seus clientes através de um acordo firmado com a 2W Energia, empresa de geração e comercialização de energia solar e eólica.
Assim como a TIM espera fazer, a Oi recebe comissões a cada contrato fechado, além de complementar seu portfólio de ofertas de energia para corporações.
O surgimento de empresas independentes de energia também tem sido recorrente. A Luz, startup que se posiciona como uma fornecedora digital de energia, entrou recentemente no mercado oferecendo energia elétrica para clientes de baixa tensão.
Inicialmente, a companhia disponibilizou seu serviço para clientes da CPFL no interior de São Paulo, atendendo 278 municípios cobertos pela distribuidora.
A proposta da Luz é baseada no Sistema de Geração Compartilhada, uma lei sancionada este ano, a qual institui o marco legal da micro e minigeração de energia, permitindo que consumidores, dentre eles, empresas, produzam energia a partir de fontes renováveis.
Atualmente, cerca de 25% da energia gerada pela fornecedora é própria de seus parques solares, enquanto o restante é arrendado de parceiros não revelados.
Para um futuro próximo, a Luz projeta atender mais cinco estados nos próximos dois meses, chegando a cobrir todo o território nacional até 2024.