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Maria Rita. Foto: Paulo Rapoport/Divulgação
A Weplay é serviço de streaming brasileiro que quer chegar a 100 mil assinantes até o final de 2023 com uma oferta de shows de artistas brasileiros voltados para um público na faixa dos 35 anos.
A empresa foi fundada neste ano por Maria Rita, advogada formada pela PUC de São Paulo que há oito anos atua como sócia em uma escola de música chamada Voice.
Durante a pandemia, Rita percebeu a dificuldade financeira dos artistas pela ausência dos shows presenciais e ao analisar a queda de vendas de DVD’s com a chegada dos streaming nos últimos anos, criou a WePlay.
Os DVD’s despencaram de 1,1 milhão de aparelhos para 373 mil. Esse movimento levou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a oficializar o fim da “era” dos DVDs no País, cenário que deixa um acervo perdido neste “novo” momento de consumo de entretenimento.
“Comecei a estudar mais sobre a indústria da música e cheguei à conclusão que os músicos atualmente não são remunerados de forma justa em alguns streaming”, explica Rita.
A WePlay paga 40% dos valores de assinatura para as gravadoras e os mesmos remuneram seus artistas.
O Spotify, por exemplo, remunera os artistas considerando o número de reproduções da música na plataforma.
Segundo o Valor Investe, para que um artista brasileiro consiga faturar um salário mínimo atual de R$ 1.102 é preciso que seu conteúdo alcance mais de 60 mil visualizações.
Em termos de preços, o plano individual da Weplay custa R$ 23,90 e o familiar R$ 43,90 com acesso a quatro telas.
São valores similares a produtos como o Netflix, que no Brasil varia entre R$ R$ 25,90 a R$ 55,90.
Ainda em fase de bootstrap, a WePlay até o momento recebeu apenas investimento interno de R$ 600 mil.
A plataforma hospeda seus conteúdos na AWS, usando tecnologia da gigante de nuvem para fazer o template do serviço.
O conteúdo inclui artistas como Erasmo Carlos, Pitty, Chico Buarque e Toquinho
“Existe um grande acervo de shows a ser explorado e um público ansioso por essa oferta nas plataformas digitais de streaming. A pandemia também impulsionou a mudança de hábitos e a opção de assistir aos shows completos, no conforto da sala de casa, ganhou uma nova dimensão”, acredita Rita.