Startup atua em 10 cidades brasileiras, além de Buenos Aires e Santiago. Foto: divulgação.
A Tembici, startup que opera o sistema de aluguel de bicicletas do Itaú, acaba de levantar US$ 47 milhões em rodada série B, liderada pela Valor Capital e pela Redpoint eventures.
Também participaram da captação a Joá Investimentos, de Luciano Huck, e o IFC, o braço financeiro do Banco Mundial.
Fundada em 2010 por Tomás Martins e Maurício Villar, a Tembici tem como principal patrocinador de seus projetos o Itaú Unibanco. A empresa opera uma frota de 16 mil bicicletas em 12 cidades. São 10 no Brasil, além de Buenos Aires e Santiago.
O valor do aporte deve ser usado para ampliar a frota nos mercados em que a empresa já está presente, além do lançamento de um serviço de aluguel de bicicletas elétricas.
Segundo o site Brazil Journal, a startup já testou um projeto piloto em São Paulo e as bikes elétricas tiveram um giro diário três vezes maior que as tradicionais.
“Essas bikes têm um custo mais alto de produção porque tem o motor, a parte elétrica. Mas o giro tem se mostrado bem maior. Somando o giro ao price point mais alto, a rentabilidade pode ser bem superior à das bikes tradicionais” afirmou Tomás Martins, CEO e cofundador da Tembici, ao Brazil Journal.
Por enquanto, a pandemia reduziu o tráfego da Tembici, mas a aposta é que a crise deixe um legado positivo para o setor. A bicicleta já está sendo considerada a melhor alternativa de deslocamento no cenário pós-covid em algumas cidades.
Em Toronto, por exemplo, o uso das bikes de aluguel aumentou em mais de 50% na comparação anual assim que a vida começou a voltar ao normal por lá.
Em Paris, a prefeitura está dando vouchers de € 50 para as pessoas consertarem suas bikes, enquanto, no Reino Unido, o governo anunciou um investimento de £ 2 bilhões para incentivar o uso de bikes e ampliar a infraestrutura de ciclovias.