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C6 Bank sofre golpe de R$ 50 milhões

Funcionária terceirizada teria liderado esquema para desviar dinheiro de contas.

05 de abril de 2022 - 10:25
Lançado em 2019, o C6 Bank já teria 14 milhões de clientes. Foto: divulgação.

Lançado em 2019, o C6 Bank já teria 14 milhões de clientes. Foto: divulgação.

A Polícia Civil de São Paulo está investigando um desvio de cerca de R$ 50 milhões de contas do C6 Bank, que teria acontecido em maio de 2021. 

Segundo a revista Veja, a principal suspeita é que uma funcionária da Concentrix, empresa terceirizada especializada em customer experience, teria liderado a fraude ao ter acesso ao sistema do banco, onde aumentou o limite de cheque especial de mais de 200 contas.

Com a autorização de clientes do C6 selecionados via redes sociais, ela teria desviado o dinheiro em uma espécie de rachadinha.

Em um dos casos, o cheque especial da conta de uma pessoa selecionada via Instagram foi elevado a R$ 1 milhão. Na sequência, o dinheiro sumiu via Pix por diversas contas, mas R$ 100 mil ficaram com a dona da conta.

Ainda de acordo com a publicação, a polícia não esclareceu se correntistas também acabaram sendo vítimas do golpe, já que a dívida do cheque especial com o C6 permanece, ou se eram apenas contas laranjas.

A Concentrix e o C6 Bank ainda não comentaram o assunto.

Listada na Nasdaq, a americana Concentrix atua em mais de 40 países com clientes de 10 setores da indústria, entre eles serviços bancários e financeiros. No Brasil, tem escritórios em São Paulo e Fortaleza.

Lançado em 2019, o C6 foi fundado por ex-sócios do BTG Pactual e alcançou a marca de 1 milhão de clientes nos primeiros seis meses de operação. Hoje, o número já chegaria a 14 milhões entre pessoas físicas, MEIs e PMEs.

O portfólio da empresa conta com mais de 20 produtos, incluindo serviços financeiros básicos gratuitos, como conta corrente, cartões de crédito e débito, transferências e saques, tags de pedágio e conta internacional para dólar ou euro.

Em junho de 2021, uma participação de 40% na fintech foi vendida para a JPMorgan Chase, americana líder mundial em serviços financeiros e terceira maior empresa do mundo.