Escolha agora é do presidente Jair Bolsonaro. Foto: Marcos Corrêa/PR
O setor de TI pode ficar de fora do Conselho Nacional de Proteção de Dados e Privacidade (CNPD), órgão consultivo da nova Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão que vai regulamentar a implantação da lei de proteção de dados LGPD.
Isso porque os nomes indicados por frentes de entidades lideradas pela Brasscom e Assespro disputam uma indicação única com 15 entidades de comunicação, reunidos na Coalizão das Associações de Comunicação.
As listas tríplices com representantes das diferentes áreas foram votadas pelo conselho diretor da autoridade na segunda-feira, 3, e aprovadas por unanimidade. De cada lista, o presidente Jair Bolsonaro deverá sacar um nome, formando assim a CNPD.
O conselho será formado por 23 membros representantes do poder público e privado. O mandato será de dois anos, permitida a recondução pelo mesmo período.
O setor empresarial tem duas vagas. Em uma disputam a indicação presidencial nomes apontados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, Federação Nacional de Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática e a candidata que parece a favorita, vindo da poderosa federação dos bancos, a Febraban.
Na outra, está a disputa entre os indicados da Brasscom, Assespro e entidades de comunicação.
O nome da Assespro é o empresário Ítalo Nogueira, que presidiu a entidade no biênio 2019-20, foi conselheiro do Porto Digital e Softex Recife e é investidor em 40 startups.
A entidade tem 17 apoiadores, incluindo aí a Acate, poderosa entidade catarinense de TI; o Porto Digital, um dos parques tecnológicos mais importantes do país; o fundo Bossa Nova Venture Capital e a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores.
Já a Brasscom indicou a advogada Ana Paula Bialer, ex-presidente da Associação Brasileira de Direito da Tecnologia da Informação e das Comunicações e tem o apoio de oito organizações: AbraHosting, Abrintel, ADCN, Confederação Nacional de Saúde, ConTIC, FenaInfo, P&D Brasil e Sociedade Brasileira de Computação.