
Com a medida, a identificação de todos que participaram dos ataques deve ser facilitada. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Polícia Federal vai utilizar a geolocalização para identificar os bolsonaristas que participaram dos ataques feitos aos prédios dos Três Poderes em Brasília no domingo, 8.
Para isso, o ministro Alexandre de Moraes determinou que as empresas de telecomunicações armazenem por três meses os registros de conexões realizadas no local.
O objetivo é monitorar o trajeto das pessoas que andaram entre o Quartel-General do Exército e a Praça dos Três Poderes. Com as informações, a identificação de todos que participaram dos ataques deve ser facilitada.
Conforme o Valor Econômico, o ministro também determinou que "todas as imagens das câmeras do Distrito Federal que possam auxiliar no reconhecimento facial dos terroristas que praticaram os atos do dia 8 de janeiro" devem ser analisadas.
A decisão ainda determina a análise de listas de hóspedes em hotéis e hotelarias da cidade, bem como o mapeamento de donos, passageiros e financiadores de ônibus que levaram os extremistas à capital federal.
Também foi pedido que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informe os registros de todos os veículos que entraram no DF entre a última quinta-feira, 5, e o domingo, 8.
Nas redes sociais, Moraes estabeleceu o prazo de duas horas para que as empresas Facebook, TikTok e Twitter bloqueiem 17 perfis com conteúdos terroristas, sendo nove deles no Instagram, três no Facebook, três no Twitter e dois no TikTok.
A decisão pede o fornecimento dos dados cadastrais destes perfis à Suprema Corte e a integral preservação de seu conteúdo, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
Até o momento, somente a Meta, dona do Facebook, WhatsApp e Instagram, anunciou que irá bloquear e remover conteúdos que apoiem os ataques bolsonaristas feitos em Brasília.
O Twitter e o TikTok ainda não se pronunciaram sobre o assunto.