LAYOFF

Google demite 12 mil

Número representa cerca de 6,4% de sua força de trabalho.

20 de janeiro de 2023 - 10:06
Funcionários dos Estados Unidos afetados pelo corte já receberam um e-mail sobre a demissão. Foto: Depositphotos

Funcionários dos Estados Unidos afetados pelo corte já receberam um e-mail sobre a demissão. Foto: Depositphotos

A Alphabet, holding controladora do Google e outras empresas, anunciou a demissão de 12 mil pessoas, cerca de 6,4% de sua força de trabalho, nesta sexta-feira, 20.

O anúncio foi feito por Sundar Pichai, CEO do Google e da Alphabet, que informou que funcionários dos Estados Unidos afetados pelo corte já receberam um e-mail sobre a demissão.

Em outros países, o processo irá levar mais tempo por conta de leis e práticas locais.

Assim como em outras grandes gigantes de tecnologia, a demissão em massa no Google já era um fato esperado.

Em setembro do ano passado, a empresa implementou medidas duras para aumentar em 20% a produtividade na companhia, com simplificação de processos internos e cortes de custos.

Também como outras grandes empresas de tecnologia, a Alphabet passou por um grande crescimento de equipe depois da pandemia. 

A empresa tinha 118 mil funcionários em 2019, um número que saltou para 156 mil em 2021, uma alta de 32%. De lá para cá, houve ainda um aumento de 11%, para 174 mil.

"Como uma empresa de quase 25 anos, estamos fadados a passar por ciclos econômicos difíceis. Nos últimos dois anos, vimos períodos de crescimento dramático. Para acompanhar e alimentar esse crescimento, contratamos para uma realidade econômica diferente da que enfrentamos hoje", explicou Pichai.

O layoff do Google acontece dois dias após a Microsoft anunciar que irá demitir até o final de março cerca de 10 mil funcionários, quase 5% de um total de 221 mil funcionários globais.

Outras grandes companhias também passaram a fazer demissões em massa nos últimos meses. 

Em novembro, a Meta, dona do Facebook, WhatsApp e Instagram, demitiu mais de 11 mil funcionários — o maior corte da sua história, reduzindo seu quadro de trabalhadores em 13%.

No mesmo mês, foi a vez do Twitter, recém comprado por Elon Musk, que começou a fazer cortes na companhia — podendo chegar a mais de 50% dos 7,5 mil funcionários da empresa — e da Amazon, que fez um corte de equipe que atingiu cerca de 10 mil funcionários, quase 3% de sua força de trabalho.