Dataprev e Serpro foram as primeiras estatais a receber o sinal verde para venda. Foto: Pixabay.
O conselho do Programa de Parcerias de Investimentos deu aval para a privatização do Serpro e da Dataprev, estatais de tecnologia ligadas ao ministério da Economia e à Previdência.
A aprovação na PPI era um passo necessário para o avanço do processo, iniciado em agosto com estudos de viabilidade.
As duas estatais de TI do governo, junto com a Ceagesp, companhia de armazéns de São Paulo, são as primeiras das 18 estatais divulgadas pelo governo em agosto como alvo de privatizações.
A privatização dessas 16 empresas, entretanto, não significa necessariamente a venda total da estatal.
Em alguns casos, o governo pretende manter uma participação acionária ou parte do ativo. Para cada uma dos projetos está sendo estudada uma modelagem, segundo explicou ao G1 a secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier.
Seillier disse ainda que não possui um cronograma definido e precisará também de aval do Congresso Nacional.
Ambas estatais federais de processamento de dados estão sob a responsabilidade do novo ministério da Economia, liderado por Paulo Guedes, e, portanto, com menos impedimentos internos para uma eventual privatização.
A Dataprev armazena dados relacionados a 35 milhões de segurados no INSS.
Já o Serpro, além do sistema de interoperabilidade das diferentes redes públicas, detém os dados sobre Imposto de Renda, das pessoas e empresas, sobre CPF, Carteira de Motorista, importação e exportação, controle portuário, passaportes e repasses federais, entre outros.
Tanto Dataprev quando Serpro já tiveram novos presidentes nomeados pelo governo.
Ambos tem um perfil parecido, com uma carreira feita na iniciativa privada.
Christiane Almeida Edington, ex-CIO da Telefônica Brasil, é a nova presidente da Dataprev.