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Francisco de Borja, Paulo Silvestrin, Pedro Dusso e Thomas Rodrigues, fundadores da Aegro. Foto: divulgação.
A Aegro, startup gaúcha especializada em software de gestão de fazendas, acaba de receber um aporte de R$ 12 milhões em rodada seed com a participação das já acionistas SP Ventures e da ABSeed.
Também participaram da rodada Nizan Guanaes, SLC Ventures e ADM Venture Capital, além de family offices como o do investidor Luis Felipe Carchedi, com forte background no campo.
A Aegro foi fundada em 2014 pelos engenheiros da computação Francisco de Borja, Paulo Silvestrin, Pedro Dusso e Thomas Rodrigues. Sediada em Porto Alegre, a empresa conta hoje com 92 colaboradores.
Seu aplicativo atua na gestão de fazendas de 100 a 10 mil hectares de soja, milho, outros grãos e cereais em geral, além de café, cana-de-açúcar e algodão. No total, são mais de 4,7 mil fazendas que somam mais de 2 milhões de hectares.
Definido pela startup como o "Excel do campo", o app tem uma versão gratuita e outra completa que pode ser testada gratuitamente por sete dias. Ele está disponível para os sistemas iOS e Android.
Segundo a empresa, a rodada de investimentos foi estruturada para que houvesse a combinação de capital com profundo conhecimento estratégico do setor, trazendo uma base de acionistas que possibilitará acelerar a entrada da Aegro na área de serviços financeiros, assim como alavancar iniciativas-chave em branding e produtos de software agrícola.
A ideia da agtech é agregar soluções financeiras ao software, democratizando o acesso do produtor rural ao crédito, a seguros e contas digitais. Até a safra 2025, a meta é viabilizar R$ 1,5 bilhão em empréstimos para produtores rurais através do aplicativo.
“Temos uma visão rica da vida financeira do produtor e da sua produção. Por isso, queremos empoderar os bons produtores rurais para que eles consigam acessar serviços financeiros de maneira competitiva”, afirma Pedro Dusso, CEO da Aegro.
Este foi o primeiro aporte realizado pela SLC Ventures, braço de corporate venture capital da SLC Agrícola, e é visto pela empresa como o primeiro passo no objetivo de criar um portfólio de investimentos de longo prazo que "represente o futuro do agro".
"Nosso apoio à Aegro irá muito além do aporte financeiro: queremos aproximá-los da SLC e apoiá-los em várias frentes de gestão nas quais desenvolvemos know-how. Essa é a nossa tese de Corporate Venture Capital: investir em negócios nos quais possamos dar uma contribuição, e com os quais possamos aprender também”, afirma Carlos Aranha, ecosystem leader da SLC.
Fundada em 1977, SLC Agrícola tem foco na produção de algodão, soja e milho. Com Matriz em Porto Alegre, a empresa possui 16 unidades de produção localizadas em seis estados brasileiros, que totalizaram cerca de 470 mil hectares plantados no ano-safra 2020/2021.