VAREJO

Amazon negocia compra da Saraiva

Compra da rede de livrarias seria importante para o início dos trabalhos da gigante norte-americana no território brasileiro.

18 de outubro de 2012 - 10:07
Saraiva pode ser comprada pela Amazon. Foto: divulgação.

Saraiva pode ser comprada pela Amazon. Foto: divulgação.

A Amazon, na sua estratégia de trazer suas operações de varejo online ao Brasil, está em conversações para adquirir a Livraria Saraiva, segundo noticiou a agência Bloomberg News.

De acordo com a agência, o acordo seria importante para o início dos trabalhos da rede norte-americana no território brasileiro, previsto para novembro.

O rumor da chegada da Amazon ao país vem se fortalecendo nos últimos meses. Recentemente, a empresa registrou na Junta Comercial de São Paulo a sua sede de operações e Alexandre Szapiro como o novo CEO nacional da companhia.

Quanto à compra da Saraiva, um porta-voz da Amazon não quis comentar. Por sua vez, João Luis Ramos Hopp, diretor financeiro da Saraiva, ressaltou que a companhia não comentaria rumores do mercado.

SARAIVA
A Saraiva, com sede em São Paulo, é uma das empresas mais proeminentes no mercado brasileiro de livros, tanto na publicação e no varejo, com lojas online e físicas.

No segundo semestre, a Saraiva registrou R$ 341,5 milhões em vendas líquidas e um crescimento de 4,4% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. O comércio online foi responsável pela fatia de R$ 103,7 milhões.

A notícia, divulgada um pouco antes do fechamento do pregão da BM&FBovespa nesta quarta-feira, 17, jogou as ações da Saraiva para o alto, com seus papéis preferenciais (sem direito a voto) subindo 7,47%, fechando em R$ 28.

GANGORRA DO MERCADO

Com os rumores da venda, as ações preferenciais da Saraiva subiram 2% nesta quinta-feira, 18, no pregão da BM&FBovespa, depois de terem avançado 7,5% na quarta, 17.

Por outro lado, a concorrente B2W sofreu com a notícia: após a divulgação da Bloomberg sobre a possível compra da Saraiva pela Amazon, as ações do e-commerce brasileiro acumularam desvalorização de 13% em dois dias.

O rumor é só mais uma pedra no sapato da empresa resultante da fusão entre Submarino, Americanas e Shoptime.

No segundo trimestre do ano, a B2W amargou prejuízo líquido acima do esperado, estimado em R$ 38,9 milhões, aumento de 86,1% nas perdas em relação ao mesmo período no ano pasado.

Resultados contrários às perspectivas quando da criação da companhia, em 2006.

Na época, a B2W entrou no mercado assumindo imediatamente cerca de 50% do mercado online, com um valor de mercado estimado em R$ 6 bilhões.

Atualmente, segundo pesquisa do site e-bit, o grupo ainda é líder, mas possui uma fatia do mercado de apenas 25%.