Após cancelamento, BrT segue cobrando ADSL

Dois anos de cobrança por um serviço não utilizado. Este é o quadro do qual reclama a repórter do Baguete Diário, Gláucia Civa, contra o BRTurbo, da Brasil Telecom.
05 de março de 2009 - 14:06
Dois anos de cobrança por um serviço não utilizado. Este é o quadro do qual reclama a repórter do Baguete Diário, Gláucia Civa, contra o BRTurbo, da Brasil Telecom.

A jornalista assinou o serviço de Internet banda larga ADSL em 2005, quando residia no bairro Glória, em Porto Alegre. Pouco mais de um ano depois da contratação, ao se mudar para a Cidade Baixa, também na capital gaúcha, foi informada pela operadora de que não havia fornecimento do mesmo serviço na área em que iria morar.   

Sendo assim, a repórter procurou outro provedor e entrou em contato, na época, com o call center da BrT, pedindo o cancelamento do serviço. O que foi confirmado, mas não cumprido.

“Em 2007, voltei a morar na Glória. Ao chegar lá, a surpresa: o BRTurbo seguia sendo cobrado na conta da linha telefônica que antigamente era titular do serviço que contratei”, destaca Gláucia. E a cobrança segue, garante a jornalista, apesar de ela ter realizado novos contatos com a operadora para resolver situação.

“Ou seja, já são quase três anos cobrando por um serviço que não foi utilizado, o que poderá ser comprovado por qualquer análise da linha - um simples boletim de tráfego de Internet será suficiente para demonstrar que em todo este tempo não houve um acesso sequer ao ADSL da Brasil Telecom naquela linha”, desabafa ela.

Para Gláucia, a cobrança é não só indevida, como também desrespeitosa. “A linha telefônica que era titular do serviço de ADSL, e por negligência do fornecedor ainda o é, está no nome de uma senhora idosa, a avó de meu esposo. Inclusive, foi por isso mesmo que não fiquei sabendo da cobrança indevida antes de retornar à Glória: aos 83 anos de idade, ela não havia se dado conta de que todo mês lhe cobravam por algo que ela não utilizava”, indigna-se a repórter.

Em uma nova tentativa de resolver o problema, Gláucia voltou a entrar em contato com o atendimento da Brasil Telecom em fevereiro passado, via web chat. Após explicar todo o caso, a jornalista foi informada de que deveria entrar em contato com o provedor BrTurbo, que não estaria ligado à Brasil Telecom, já que a empresa “não comercializa modems e nem provedores”, conforme lhe explicou uma atendente identificada como Graziella.

Diante dos protestos da jornalista, que além de contratar o serviço por meio da operadora, já havia entrado em contato com a mesma para tratar deste caso, sem sucesso, a atendente então informou que a BrT “pedia desculpas” e registrou um protocolo interno, garantindo que o setor responsável entraria em contato com a cliente lesada.

“Tenho registrada em meu computador toda a conversa que mantive com a atendente. Ela me garantiu que até o dia 23 de fevereiro o provedor entraria em contato comigo, por meu celular, para dar uma solução ao caso. Já estamos em 04 de março e até agora, nada”, salienta Gláucia.

Agora, segundo a jornalista, a paciência esgotou. “Desisto do provedor. Não queria ter que fazer isso, mas meu próximo passo será procurar o Procon. Isto é um abuso, um desrespeito, e não pode continuar. Agora, além do cancelamento, exigirei o ressarcimento dos valores pagos durante todo o tempo em que o serviço foi cobrado sem permissão e, ainda pior, sem utilização”, finaliza ela.