IA

Bradesco resolve mais de 80% dos casos com IA

Banco estima ganhos superiores a R$ 400 milhões em 2025 com o uso da tecnologia.

03 de novembro de 2025 - 10:20
Patricia Kessler, diretora do Bradesco Experience

Patricia Kessler, diretora do Bradesco Experience

O Bradesco, um dos principais bancos brasileiros, afirma que 82% dos casos relacionados ao primeiro nível de atendimento da instituição são resolvidos por meio da inteligência artificial (IA) generativa.

A declaração foi feita por Patricia Kessler, diretora do Bradesco Experience, durante o evento Bloomberg Línea Summit 2025, realizado em São Paulo.

O primeiro nível de atendimento de um banco é responsável por resolver as demandas mais comuns e imediatas dos clientes, sem necessidade de acionar áreas técnicas ou especializadas.

Entre as principais tarefas de primeiro nível estão coisas como receber os contatos, fazer a triagem e classificar o contato.

A diretora afirma que mais de 10 milhões de clientes utilizam a BIA, o chat com IA da instituição, desenvolvido em 2016 e operado com IBM Watson.

O Bradesco é pioneiro no uso de IA. Quando lançada, a BIA era utilizada tanto no corporativo, com o auxílio de informações ao time interno sobre produtos, serviços e procedimentos, quanto pelos clientes, para esclarecimento de dúvidas e realização de transações.

Em 2022, o banco implementou a transação por Pix por meio do IBM Watson e, em 2024, passou a utilizar sua plataforma proprietária, denominada Bridge.

O Bradesco também aplica a IA no corpo tecnológico da instituição, onde, segundo o banco, obteve ganhos de 40% em produtividade.

A BIA Tech auxilia desenvolvedores na escrita de jornadas e transcrição para requisitos funcionais, além dos squads virtuais, compostos por desenvolvedores e agentes de IA, gerando ganhos de escala e modernização de aplicações.

No setor de call center, o sistema de inteligência artificial analisa 18 mil ligações diárias, oferecendo insights aos operadores para maior efetividade na resolução de casos de cobrança e na oferta de produtos.

Estima-se que, em 2025, a inteligência artificial generativa já tenha gerado mais de R$ 400 milhões em benefícios à instituição financeira.