
Executivo-chefe da Angola Cables, Antônio Nunes, e o presidente da Telebras, Caio Bonilha. Foto: flickr.com/photos/conexaominicom.
A Angola Cable investirá US$ 160 milhões para colocar em operação, em 2016, cabos ópticos submarinos que irão ligar a Angola ao Brasil.
As fases de estudo e planejamento já foram concluídas e a implantação dos cabos em 6 mil quilômetros deve iniciar ainda no primeiro trimestre desse ano.
O executivo chefe António Nunes estima que o processo de instalação do South Atlantic Cable System (Sacs) leve 18 meses para ser concluído.
Conforme o Valor, durante esse período, será construído um centro de dados em Fortaleza afinal, o local será o ponto de chegada dos cabos. Lá será feita uma estação terrestre de comunicação. O outro ponto será na capital de Angola, Luanda.
Esse será o primeiro sistema de fibra óptica transatlântica que ligará a África à América do Sul, além da Ásia. Atualmente, esses continentes são carentes desse tipo de tecnologia, afinal todos os cabos passam pela Europa ou pelos Estados Unidos.
Cinco operadoras compõem a Angola Cables: a estatal Angola Telecom (tem 51% de participação), Unitel (31%), MS Telecom (9%), Movicel (6%) e Startel (3%).
Essas empresas pretendem fazer aportes nesse projeto, mesmo que um grupo de bancos de Angola tenha oferecido o financiamento total.
Em 2012, um memorando de entendimento para a implantação da rede foi assinado, mas a princípio a ideia era fazer uma parceria entre os dois países para a infraestrutura e o Brasil teria a Telebras como sua representante no processo.
Com algumas dificuldades burocráticas o governo desistiu de manter a estatal. A Telebras revelou que não faz parte do projeto, mas que será responsável pelo aterramento dos cabos em Fortaleza.
Em 2015, deve entrar em operação um cabo ligando Nova Iorque a São Paulo, com escala em Fortaleza implantado pela Seaborn Networks. Ele tem 10,7 mil quilômetros e é resultado de um investimento de US$ 400 milhões.