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A Cargill, uma gigante americana de alimentos, está usando inteligência artificial (IA) para extrair mais carne dos ossos do boi.
Uma tecnologia de câmeras assistidas por IA, desenvolvida pela própria empresa, é um dos recursos utilizados para garantir que mais carne bovina seja aproveitada durante o processamento.
As câmeras monitoram o trabalho durante a extração e raspagem da carne e enviam feedbacks em tempo real sobre a quantidade de carne que está sendo deixada no processo de desossa.
A tecnologia, que está sendo testada em uma das unidades da Cargill no Texas, gera alertas em um sistema com carinhas vermelhas, amarelas e verdes, sinalizando o desperdício.
De acordo com Brian Skies, CEO da Cargill, em entrevista ao site Bloomberg, se a tecnologia aumentar a produtividade em 1% em todos os setores, serão mais 90 milhões quilos de carne.
A empresa também está utilizando a IA em outros setores e departamentos, como no transporte marítimo, para prever o tempo e os níveis de umidade, e em treinamentos de equipes, para garantir a segurança em trabalhos que exigem movimentos repetitivos.
A medida surge como uma solução para os problemas causados pela escassez de gado em solo americano, provocada pelas guerras tarifárias do presidente Donald Trump, que aumentaram o custo da carne bovina e reduziram o lucro dos frigoríficos.
Apesar dessa situação, a Cargill, por meio de uma reestruturação de seus negócios e do benefício fiscal concedido pelo governo norte-americano, conseguiu aumentar seu lucro líquido em 86% no primeiro trimestre de 2025.
